"Casa de um euro" passou a valer 37 mil em três minutos

O imóvel foi comprado por Pedro Martins, de 34 anos, que fez a proposta mais alta durante o leilão realizado no auditório do Parque de Exposições de Braga

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Pedro Martins, um bancário de 34 anos, fez a proposta mais alta e ficou com o prédio Paulo Pimenta

A casa que a Câmara de Braga tinha posto à venda por um euro foi vendida em hasta pública, na manhã desta segunda-feira, por 37 mil euros. Depois de um curto leilão em que o preço disparou rapidamente, um jovem bancário arrematou o imóvel. A habitação, localizada no centro histórico da cidade, precisará agora de um investimento, no mínimo, de 200 mil euros para ser reabilitada.

O imóvel foi comprado por Pedro Martins, de 34 anos, que fez a proposta mais alta durante o leilão realizado no auditório do Parque de Exposições de Braga. Em três minutos, a venda foi consumada, depois de 20 lances que fizeram disparar o preço da casa da Rua Santo António das Travessas.

A iniciativa da autarquia destinava-se a pessoas entre os 18 os 35 anos, nascidos ou residentes em Braga, e é parte de um programa de reabilitação do centro histórico, que tenta chamar os jovens a viver no coração da cidade.

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Autarca Mesquita Machado cumprimenta o vencedor do leilão Paulo Pimenta

Além do baixo preço, a Câmara oferece o projecto de arquitectura da reabilitação do imóvel, que agora terá que ser executada no prazo máximo de dois anos pelo comprador. Pedro Martins estima que terá agora que investir entre 200 e 250 mil euros para poder viver naquela casa.

Esta era a segunda tentativa de venda desta habitação por parte da Câmara de Braga, depois de, na quarta-feira passada, o excesso de afluência à hasta pública realizada no Salão Nobre dos Paços do Concelho ter obrigado a autarquia a adiar a sessão. A segunda tentativa de venda do imóvel foi marcada para o Parque de Exposições de Braga, um auditório com 1200 lugares, mas o número de interessados foi inferior ao registado na semana passada.

No final, o presidente da Câmara de Braga, Mesquita Machado, mostrou-se agradado com o interesse gerado pela iniciativa. Esta foi “uma primeira experiência”, afiança o autarca que garantiu que, dentro de um mês a mês e meio, uma outra casa no centro histórico, localizada na Rua D. Gualdim Pais, perto da Sé, irá também a leilão.

O autarca deu ainda indicações aos serviços municipais para procederem à listagem de outros prédios na zona histórico que possam ser adquiridos pela câmara e vendidos a preços baixos, através de um concurso destinado aos jovens.

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