CEO da Apple nega acusações de abuso de trabalhadores na China

Tim Cook enviou uma nota aos funcionários a refutar que a empresa não garanta condições laborais em fábricas chinesas

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A flexibilidade das fábricas chinesas leva a Apple a não querer produzir nos EUA David Gray/Reuters

Na sequência de um trabalho de investigação do "New York Times", o CEO da Apple, Tim Cook, enviou uma nota aos funcionários a refutar que a empresa não garanta condições aos trabalhadores das fábricas chinesas.

O trabalho do "New York Times" deu origem a dois artigos. Aborda as condições de trabalho duras que existem nas fábricas chinesas e o facto de o custo reduzido e a flexibilidade conseguidos à custa das más condições laborais fazerem com que a empresa não esteja interessada em criar fábricas (e empregos) nos EUA.

Entre as situações descritas está um caso de oito mil trabalhadores acordados à meia-noite e a quem foi dado um chá e um biscoito para iniciarem turnos de 12 horas a montar o ecrã do iPhone, que a Apple tinha redesenhado à última hora, obrigando a ajustes na linha de produção.

Relatos de más condições laborais

Também há relatos de funcionários que trabalham de pé até terem as pernas inchadas, de guardas que precisam de orientar os trabalhadores nos torniquetes das portas das fábricas para que estes não se atropelem, de químicos perigosos manuseados sem condições de segurança e de trabalho de menores.

Num email aos funcionários da Apple e que acabou publicado online, Cook afirma que a empresa “se preocupa com cada trabalhador na cadeia de fornecimento mundial”. O CEO – que quando foi para a Apple, na década de 1990, foi o responsável por reajustar a cadeia de fabrico e armazenamento dos produtos – classifica ainda como ofensiva e falsa “qualquer sugestão” de que a empresa não está preocupada com as condições dos trabalhadores.

“Todos os anos inspeccionamos mais fábricas, subimos a fasquia para os nossos parceiros e vamos mais fundo na cadeia de fornecimento”, escreveu Cook. “Como relatámos no início deste mês, fizemos grandes progressos e melhorámos as condições de centenas de milhares de trabalhadores. Não conheço ninguém na nossa indústria a fazer tanto como nós (...) Vamos continuar a ir mais fundo e vamos encontrar mais problemas”.

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