Europa é o maior produtor de anfetaminas do mundo

Relatório do Observatório Europeu das Drogas revela que é na zona Norte da Europa onde se regista uma produção em grande escala, nomeadamente em países como a Holanda e Bélgica

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O documento do OEDT explica que a produção de anfetaminas está cada vez mais sofisticada no continente Alex Dodd/Flickr

A Europa é o maior produtor de anfetaminas do mundo. É o que sugere o conteúdo do relatório sobre o mercado e tráfico global destas substâncias publicado recentemente pelo Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência (OEDT).

O documento dado a conhecer por esta entidade e pela Europol explica que a produção destes estupefacientes, criados de forma ilícita em laboratório, está cada vez mais sofisticada neste continente.

As anfetaminas são drogas estimulantes e sintéticas, que têm efeitos semelhantes aos da cocaína, muito mais cara, provocando um aumento da capacidade de atenção e diminuição da fadiga e, no reverso, graves danos no cérebro. O facto de serem fabricadas de forma fácil e a baixo custo faz com que estas substâncias atraiam potenciais utilizadores num cenário de crise.

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12,5 milhões de europeus já consumiram

Cerca de 12,5 milhões de europeus já consumiram estes estupefacientes ao longo da sua vida. As anfetaminas podem ser produzidas em pequenos laboratórios. Contudo, verifica-se que a maioria destas substâncias está a ser criada em espaços com dimensão industrial pelo crime organizado, que actua dentro e fora da Europa, visto ser um negócio lucrativo.

A Europol está a unir esforços para impedir os produtores de alcançar os compostos que necessitam para originar estes estupefacientes e no sentido de desmantelar os locais de produção destas drogas. É na zona Norte da Europa onde se regista uma produção em grande escala, nomeadamente em países como a Holanda e a Bélgica, sendo que na Polónia e na Lituânia há uma tendência para o aumento do fabrico destas substâncias.

O relatório realça ainda que os traficantes estão a recorrer cada vez mais a químicos sintetizados para evitar importar os produtos normalmente utilizados para fabricar droga, escapando assim ao controlo da Europol. Ainda de acordo com os dados do OEDT, Portugal não se encontra entre os países onde são mais consumidas e produzidas estas drogas.

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