Morreu Kim Jong-il, o "Querido Líder" da Coreia do Norte

Kim Jong-il governava a Coreia do Norte de forma autoritária há 17 anos através de um regime comunista de inspiração estalinista, baseado no culto da personalidade

Kim Jong-Il era oficialmente chamado de “Querido Líder” Reuters/Korea News Service/arquivo
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Kim Jong-Il era oficialmente chamado de “Querido Líder” Reuters/Korea News Service/arquivo
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Kim Jong-Il era oficialmente chamado de “Querido Líder” Reuters/Korea News Service/arquivo

O líder norte-coreano Kim Jong-il morreu este sábado durante uma viagem de comboio por “fadiga física” e por “dedicação da sua vida ao povo”, anunciou a televisão estatal KCTV pela voz de uma apresentadora em lágrimas vestida preto. A agência Reuters avança que a causa da morte de Jong-Il, que dirigia com mão de ferro a Coreia do Norte há 17 anos, estará relacionada com um ataque cardíaco.

Kim Jong-il, que teria 69 anos, governava a Coreia do Norte de forma autoritária há 17 anos através de um regime comunista de inspiração estalinista, baseado no culto da personalidade.  Era oficialmente chamado de “Querido Líder” e não admitia qualquer laivo de oposição ao poder absoluto, posição que lhe deu fama internacional como o chefe de estado mais totalitário e irredutível do mundo.

Depois de uma apoplexia em 2008 e de aparições em público cada vez mais raras, começaram os rumores sobre a sua sucessão que - sabe-se agora - vai recair no filho mais novo, Kim Jong-un, cuja idade exacta se desconhece (terá 29 anos). Jong-Un terá sido nomeado general de quatro estrelas e vice-presidente da Comissão Militar central do Partido dos Trabalhadores em 2010. Sabe-se igualmente que o sucessor de Kim Jong-il foi educado na Suíça e que é filho de uma das mulheres favoritas do pai, Ko Yong-hui (já falecida).

Cerimónias fúnebres a 28 de Dezembro

A agência noticiosa estatal da Coreia do Norte, a KCNA, apelou ao povo norte-coreano que se mantenha unido em torno do sucessor do “Querido Líder”. “Todos os membros do partido, os militares e o público deverão seguir fielmente a liderança do camarada Kim Jong-un e proteger e fortalecer ainda mais a frente unificada do partido e do Exército”, adiantou a mesma agência.

Em Maio deste ano, Kim Jong-il, cujas imagens de marca eram o uniforme militar e os óculos de sol, deslocou-se no seu comboio blindado à China, aliado estratégico do regime, e em Agosto escolheu o extremo oriente russo para aquela que terá sido a sua última viagem ao estrangeiro.

O Governo de Pyongyang anunciou que as cerimónias fúnebres acontecerão no dia 28 de Dezembro e Kim Jong-un estará à frente da organização das exéquias, segundo informaram os meios de comunicação norte-coreanos citados pelas agências internacionais.

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