“Cage fighters”: a luta pára quando há sangue

Mixed Martial Arts, no domingo, em Matosinhos, com lutadores portugueses e brasileiros

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Clica aqui para veres a fotogaleria Paulo Pimenta

Emilio “Tanque” tem 35 anos, é baiano de gema e representará Portugal na “Cage Fighters”, a Gala Internacional de Mixed Martial Arts (MMA), marcada para domingo, no Pavilhão de Desportos e Congressos de Matosinhos

Começou na capoeira ainda criança e há cerca de quatro anos deixou o Jiu-jitsu para se dedicar exclusivamente ao MMA. “É um percurso natural. O Jiu-jitsu projecta os atletas para o MMA”, diz. Para além de ter outros trabalhos, garante que enquanto a idade e a saúde o permitirem será esta a sua prioridade.

E o que é o MMA? Trata-se de uma sigla para designar um misto de várias artes marciais, que congrega o Jiu-jitsu, o Muay-thai, o Boxe e o Kick-boxing e que é praticado no interior de uma jaula, daí a designação de “cage fighters”. Uma vez dentro da jaula, não é em derrotar o adversário que se foca Emilio “Tanque”, mas, sim, em “acabar com a luta”, precisa. Missão dada, missão cumprida.

A motivação principal advém do “mestre” do atleta, da família e dos amigos. E, como diz Pedro Ferreira, director da Rios e Trilhos, a empresa produtora do espectáculo, um bom atleta de MMA terá dominar todas aquelas ramificações: de nada lhe servirá ser exímio em apenas uma. Mas “não vale tudo”, frisa Manoel Neto, treinador de “Tanque”: a luta pára “quando há sangue”.

Conversa entre Emilio Tanque e o treinador na Academia Workout

Manoel, um dos nomes por detrás do evento, é o treinador da Nova União, em Portugal, e um dos donos da Academia Workout, espaço novo concebido para a preparação física e para as artes marciais.

Embora disseminada por vários países, a”casa” da Nova União, a maior academia do mundo de MMA, situa-se no Rio de Janeiro. Esta é a primeira gala a ter os grandes atletas de renome internacional, sendo que Ronnys Torres (ex-lutador da UFC - Ultimate Fighting Championship) representa o topo desta hierarquia.

Em comum têm o facto de serem portugueses e brasileiros. O objectivo principal é, frisa Pedro Ferreira, incrementar os eventos de MMA em Portugal, abrangendo todas as academias de Norte a Sul do país. As entradas terão um custo de 15 euros para a bancada geral e de 35 euros para a plateia à volta da jaula de combate.

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