Rogério Alves adia encontro com apoiantes

Advogado vai reunir-se na próxima quinta-feira com um grupo de “notáveis” sportinguistas que apoiam a sua candidatura.

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Rogério Alves é um nome consensual entre vários focos da oposição a Bruno de Carvalho Rui Gaudêncio/PÚBLICO

Não parece haver um fim à vista para a crise em que o Sporting mergulhou nos últimos dias e ninguém arrisca traçar cenários em relação ao seu desfecho. A solução mais desejada pelos vários focos de oposição a Bruno de Carvalho passa pela demissão voluntária do presidente. O que ninguém deseja nesta altura é a convocação de uma assembleia geral (AG) que prometeria ser explosiva face às divisões entre os apoiantes e detractores da actual direcção. Rogério Alves, um dos nomes mais desejados para suceder ao actual líder “leonino”, faltou ontem a um almoço com um grupo de personalidades que o querem convencer a avançar.

Novo encontro foi, entretanto, marcado para a próxima quinta-feira, mas o advogado não estará interessado em lançar neste momento uma pré-candidatura. Até porque ainda se desconhece às intenções de Bruno Carvalho, que se remeteu ao silêncio desde a última segunda-feira, altura em que suspendeu a sua página na rede social Facebook. Os rumores que surgem de Alvalade, indicam que não está nos seus planos sair pelo seu pé. E apesar das críticas de muitos sócios após o seu desentendimento com o plantel, os seus opositores acreditam que tem ainda uma base de apoio bastante sólida, eventualmente suficiente para sair vencedor de uma AG.

Desconhece-se também se o presidente estará na noite desta quinta-feira em Alvalade para assistir à segunda mão dos quartos-de-final da Liga Europa, frente ao Atlético de Madrid (SIC, 20h05), seja na tribuna presidencial ou no banco, como aconteceu no encontro de domingo para o campeonato com o Paços de Ferreira. Uma partida que os “leões” venceram por 2-0 e em que os jogadores mereceram o apoio da grande maioria dos adeptos presentes, ao contrário de Bruno de Carvalho que foi bastante vaiado.

Uma semana depois da derrota em Madrid (2-0), que originou a actual crise – com o presidente a criticar a equipa no final do jogo, através do Facebook, os jogadores a responderem pelo Instagram e a serem ameaçados com processos disciplinares e suspensões -, será altura de se voltar a medir o nível da contestação à actual liderança por parte dos adeptos. Pelo menos daqueles que se deslocarem ao estádio.

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