Benfica iguala melhor série da época no Minho

Os campeões nacionais derrotaram o Vitória num jogo em que o resultado foi melhor do que a exibição

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Samaris marcou o segundo golo do Benfica LUSA/JOSE COELHO

O Benfica venceu o Vitória de Guimarães por 3-1 e chegou aos três triunfos consecutivos no campeonato, algo que só tinha conseguido até ao momento nas três primeiras jornadas do campeonato. Mas anunciar que está em curso a recuperação dos “encarnados” com base no resultado deste domingo, em Guimarães, talvez seja ainda manifestamente prematuro. O triunfo folgado que os campeões nacionais conseguiram  é mais vistoso do que outra coisa, porque os “encarnados” estiveram longe de deslumbrar. Mas foram eficazes e para uma equipa em crise de identidade e até de resultados — nos últimos 11 jogos somava apenas quatro vitórias —  o mais importante foi mesmo somar os três pontos.

Perante um adversário que tem vindo a realizar uma temporada muito irregular mas que chegava ao jogo naquele que podia considerar-se o  seu melhor momento da época — tinha ganho pela primeira vez fora de portas na última jornada do campeonato e havia derrotado o Marselha na Liga Europa — o Benfica apresentou uma estrutura táctica diferente daquela que lhe é habitual. Krovinovic foi titular pela primeira vez na Liga, jogando ao lado de Pizzi, no meio campo, e as “águias” apresentaram-se num 4x3x3, com Jonas sozinho na frente mas em constantes trocas de posição com os médios e os extremos.

A solução táctica de Rui Vitória pareceu surpreender os vimaranenses, que demoraram a ajustar-se. E enquanto isso não ocorreu, o Benfica inaugurou o marcador, com Krovinovic a servir André Almeida que cruzou para o desvio de Jonas.

O Vitória era uma equipa atarantada em campo e nunca incomodou Svilar até ao intervalo, tendo mesmo sido Salvio a desperdiçar a melhor ocasião de golo antes do descanso (atrasado cinco minutos devido à invasão do relvado por adeptos do V. Guimarães pouco depois do início do jogo, assustados devido a confrontos com a polícia, no exterior do recinto).

O segundo tempo, contudo, foi bem diferente. O V. Guimarães passou a pressionar logo à saída da grande área benfiquista, impedindo que os “encarnados” construíssem o seu futebol. É verdade que pouco ou nada de verdadeiramente perigoso resultou desta nova atitude dos minhotos — a excepção foi um remate de Heldon que passou a centímetros da baliza de Svilar, já depois de uma saída a despropósito do guarda-redes belga, que até teve outras boas intervenções — mas durante meia-hora o Benfica “desapareceu” do relvado, incapaz de fazer o que quer que fosse a não ser defender.

Só que é impossível manter tanta intensidade durante muito tempo e mal o Benfica pressentiu que o Vitória estava a desacelerar um pouco para ganhar fôlego, tentou a sua sorte. Salvio deu o primeiro aviso aos 73’ e, três minutos depois, Samaris não desperdiçou.

O segundo golo foi fatal para o ânimo dos vimaraneses que nunca mais foram capazes de voltar a ser a equipa que chegou a “afogar” o Benfica no seu meio campo. E foi uma desconcentração colectiva que permitiu ao Benfica marcar o 3-0, com a jogada a nascer de um lançamento lateral, sendo finalizada por Salvio (que esteve demasiado tempo “ausente” do jogo, diga-se).

Com o jogo na mão, poucos esperariam que os últimos minutos da partida iriam ser de algum sofrimento para o Benfica. Uma desatenção geral permitiu a Rafael Martins marcar o golo de honra do Vitória e uma falta desnecessária de André Almeida sobre Rafael Martins ofereceu um penálti aos minhotos — punição que Tallo desperdiçaria.

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