Arranque-relâmpago mantém Sporting com um registo perfeito

Estoril respondeu no segundo tempo e chegou a assustar num tempo extra em que o videoárbitro interveio em duplicado.

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LUSA/ANTÓNIO COTRIM

Foi um tempo de compensação de emoções cruzadas o que se viveu em Alvalade. Aos 90+3’, Bas Dost festejou por instantes um 3-1 que não se confirmou; aos 90+5’, foi Pedro Monteiro a passar pelo mesmo, chegando a celebrar um 2-2 que não consta da ficha de jogo. Na verdade, o Sporting-Estoril da 4.ª jornada da Liga terminou com um 2-1 que traduz o quarto triunfo dos “leões” em quatro jogos e um passo em frente na liderança da prova, deixando para trás Rio Ave e Benfica.

Já lá vamos ao guião desse final reescrito. Até lá chegar, viu-se um Sporting entrar em campo com uma intensidade que indiciava querer resolver cedo o problema, depois do esforço acumulado da jornada europeia, em Bucareste. Sem Adrien (e sem William), o corredor central ficou nos pés de Battaglia e Bruno Fernandes, com Alan Ruiz a surgir no “onze” nas costas de Bas Dost, reeditando a dupla do final da temporada passada.

Muitas vezes com oito unidades no processo ofensivo, já que os laterais se projectavam com regularidade, os anfitriões chegaram ao golo logo aos 4’, graças a um cruzamento tenso de Acuña a descobrir Gelson do lado oposto, nas costas do lateral. Rápido sobre a bola, o extremo português fez o 1-0 com facilidade.

O Estoril, também disposto em 4x4x2, demorou a acertar marcações, até porque Gustavo Tocantins foi sempre muito apático em organização defensiva e o Sporting criava facilmente situação de dois contra um. Aos 11’, Alan Ruiz foi rasteirado à entrada da área e Bruno Fernandes foi o escolhido para bater o livre directo. A bola foi teleguiada ao canto superior direito da baliza de Moreira, para o segundo golo dos “leões” e do médio português no campeonato.

Foi um dos momentos altos de um jogador de classe, capaz de alinhar a oito ou a dez com igual qualidade, capaz, acima de tudo, de definir com critério e de escolher as zonas e os timings para soltar a bola com mestria. Não havia Adrien, é certo, mas por esta altura pouco se notava.

O Estoril aproveitou a rotação mais baixa que o adversário procurou imprimir ao jogo a partir de então para tentar sair em futebol apoiado. Criou o único lance de perigo do primeiro tempo num canto em que Paulo Monteiro chegou atrasado a um desvio de Kléber, mas guardou o melhor para o segundo tempo. Joel rendeu Mano no lado esquerdo da defesa e Jorman Aguilar substituiu Tocantins.

O Estoril, aproveitando o recuo do Sporting, provavelmente à espera de desferir o golpe de misericórdia numa acção de contra-ataque, passou a trocar a bola com mais espaço e a qualidade de Allano veio ao de cima. A pensar e a arrastar a equipa até ao último terço, mas também a garantir os equilíbrios defensivos.

Parecia curto, ainda assim, o futebol dos “canarinhos” para incomodar Rui Patrício, até que, aos 85’, um remate imparável de Lucas Evangelista, após alívio dos centrais adversários, relançou o encontro (2-1). 

Acelerou então o Sporting para o tal golo invalidado a Bas Dost por fora-de-jogo de Piccini, antes do cruzamento, e logo depois o Estoril para o golo anulado a Pedro Monteiro, por posição irregular do central. Cortesia do videoárbitro. Jorge Jesus e os adeptos leoninos respiraram de alívio e deram um passo em frente na consolidação da liderança.

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