Almeirim sem água desde segunda-feira

Parte significativa da cidade já tem abastecimento, mas não deve consumir água até ela se apresentar transparente.Zonas altas continuam sem ela.

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Rita Franca

As zonas mais altas da cidade de Almeirim estão sem água desde segunda-feira de manhã, uma situação originada pelo colapso de um dos furos de abastecimento.
"O processo de normalização do abastecimento de água a toda a cidade não decorreu durante a madrugada, como perspectivávamos, devido ao rebentamento, às 3h00, de uma junta na conduta no depósito elevado no interior da central de águas de Almeirim, que abastece uma parte significativa da cidade, o que fez atrasar o processo de enchimento dos reservatórios", explicou o assessor de imprensa da empresa intermunicipal Águas do Ribatejo, Nelson Lopes.
Uma parte significativa da cidade situada no distrito de Santarém "já tem água, mas as zonas mais altas estão ainda sem abastecimento, um processo que vai ser normalizado ao longo do dia, mas que se torna mais lento porque as pessoas, durante o dia, já estão a consumir água e o reservatório não enche tão depressa e não ganha a devida pressão para bombear para as zonas mais altas", acrescentou.
O colapso de um dos furos de abastecimento tem estado a afectar o fornecimento normal de água a toda a cidade e à aldeia da Tapada, num total de cerca de 14 mil pessoas, disse, por sua vez, o presidente da autarquia, Pedro Miguel Ribeiro, tendo referido que "a maioria da cidade já acordou com água" nas torneiras.
Segundo o autarca, "ao longo do dia, as zonas mais altas e os prédios maiores deverão ter a sua situação normalizada", sem precisar o momento certo para a reposição do abastecimento. "Os bombeiros estão preparados para poder abastecer", em situações que se verifique essa necessidade, ressalvou-
Nelson Lopes disse ainda que os serviços públicos de saúde são dos que "têm reservatórios próprios para abastecimento, e ainda não reportaram nenhum pedido de apoio ou reforço". Os casos "mais problemáticos" relacionam-se com estabelecimentos de serviços e comércio, como "cabeleireiros, clínicas e lavandarias", exemplificou.
Segundo um comunicado da empresa intermunicipal Águas do Ribatejo, "os serviços encontram-se a realizar os procedimentos necessários para o restabelecimento das condições normais de abastecimento", estando desaconselhado "o uso da água da rede de distribuição". A população "só deve consumir água da rede depois de retomada a normalidade no abastecimento, quando se apresentar transparente", e "deve evitar o uso de máquinas de lavar e outros equipamentos que utilizem água da rede”. Por enquanto "não é possível prever a normalidade no abastecimento".
A Águas do Ribatejo informa ainda que o colapso de um dos furos ocorreu "por motivo do abaixamento dos níveis de água no subsolo" o que, "consequentemente, afectou o abastecimento de água".
A Águas do Ribatejo anunciou ainda que já iniciou os procedimentos para a construção de um novo furo, com carácter de urgência, num processo que "deverá demorar algumas semanas e que servirá para uso alternativo" de abastecimento à cidade.