Arnaudov e Belo nem sequer ficaram perto da final

Os dois lançadores portugueses estiveram muito longe do seu melhor nas qualificações do peso nos Mundiais de Atletismo.

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Francisco Belo, esta manhã, em Londres Reuters/KAI PFAFFENBACH

“Tem mesmo de ser?”, perguntava Tsanko Arnaudov ao passar pelos jornalistas portugueses na zona mista do Estádio Olímpico de Londres. O atleta português de origem búlgara não tinha muito para dizer sobre o que acabara de acontecer nas qualificações do lançamento do peso, em que, tanto ele como Francisco Belo, tinham falhado o apuramento para a final e nem sequer ficaram perto de lá chegar.

Arnaudov fez uma qualificação em crescendo no Grupo A, lançando, sucessivamente, 19,38m, 20,02m e 20,08, longe da marca de qualificação (20,75m) e ainda mais longe do seu recorde nacional (21,56m) obtido há pouco mais de um mês na Hungria. A marca exigida para a qualificação directa (20,75m) estava bem ao seu alcance, mas Arnaudov lançou quase um metro e meio abaixo do seu melhor e ficou até bastante longe do último repescado, o polaco Konrad Bukowiecki, que fechou os qualificados com 20,55m.

Nem o próprio Arnaudov soube explicar o que se passou. “Não fiquei nem de perto. Não fui o melhor entre os melhores, se não és o melhor, não mereces estar na final. Foi uma desilusão de todo o tamanho. Sei que valho muito mais, tenho demonstrado ao longo da época. Enfim, fica para a próxima, não sei dizer… Nervosismo não foi, vim bem psicologicamente, alguma coisa falhou, para mim não há explicação”, foram as breves palavras do atleta do Benfica, que foi o 17.º em 32 participantes.

Mais abaixo na classificação ficou Francisco Belo, que fez o seu melhor ao segundo ensaio, com 19,47m, muito distante do seu recorde pessoal (20,85m), terminando em 29.º entre os concorrentes. Uma marca de nível aproximado teria colocado o benfiquista na final, o seu objectivo assumido, mas o lançador reconheceu que não entrou para o primeiro lançamento com os “sentidos apurados” e, apesar das melhoras no segundo, os riscos que correu no terceiro acabaram por não compensar (fez nulo).

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