Resende pode deixar de operar em Matosinhos

Em causa está relatório da AMT que dá conta de um aumento de sinistros envolvendo viaturas da operadora e que aponta para a existência de dados preocupantes no que respeita à conservação e à manutenção da frota.

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paulo pimenta

Em 2016 aumentou o número de sinistros envolvendo viaturas da operadora de transportes públicos Resende, Atividades Turísticas, SA. São dados do relatório de avaliação feita pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) à Resende, solicitado pela Câmara Municipal de Matosinhos (CMM) na sequência de um acidente mortal ocorrido em Outubro último, que envolveu uma viatura daquela empresa que opera neste concelho com algumas ligações ao Porto.

De acordo com comunicado lançado pela câmara de Matosinhos, as conclusões preliminares desta avaliação apontam ainda para a “existência de dados preocupantes no que respeita à conservação e à manutenção” da frota da Resende. Os dados do relatório foram apresentados nesta quarta-feira em reunião que contou com a presença de responsáveis da autarquia referida e da Área Metropolitana do Porto (AMP), realizada para avaliar a execução do acordo tripartido estabelecido em Junho de 2016 com esta operadora de transportes públicos, que garantia a operação da empresa até ao final de 2017, com a condição de cumprir os requisitos necessários para a circulação das viaturas sem pôr em causa a segurança dos utentes.

Face aos resultados da avaliação levada a cabo pela AMT, a CMM e a AMP decidiram convocar o operador para reunião urgente, marcada para a próxima semana. Não garantindo os responsáveis da Resende o “cumprimento imediato” das recomendações feitas pela AMP, o presidente da CMM, Eduardo Pinheiro, poderá propôr “a abertura imediata de um concurso público para a concessão dos transportes públicos em Matosinhos”.

Ainda nesta quarta-feira, um autocarro da Resende incendiou-se em Valongo não tendo, contudo, sido necessária a intervenção dos bombeiros, disse fonte da corporação local. O alerta foi dado às 13h, mas quando os bombeiros chegaram ao local, na rua Conde Ferreira, o fogo já tinha sido apagado com recurso a um extintor, noticiou a Lusa.

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