Nadal cedeu ao serviço de Muller

Entre as vítimas da “Manic Monday” conta-se igualmente Angelique Kerber, que vai perder a liderança do ranking.

Fotogaleria
Nadal Reuters/TOBY MELVILLE
Fotogaleria
Reuters/MATTHEW CHILDS
Fotogaleria
EPA/GERRY PENNY
Fotogaleria
Reuters/MATTHEW CHILDS

Gilles Muller iniciou o ano conquistando, em Sydney, o seu primeiro título no ATP World Tour. Recebeu o troféu das mãos do lendário Rod Laver e tirou fotografias junto dos seus dois filhos, Lenny (6 anos) e Nils (5). Aquele que parecia ser o ponto alto de uma carreira profissional de 17 anos foi, afinal, o começo de uma época inesquecível. Em Junho conquistou o segundo título, na relva de s’Hertogenbosch, e, pelo meio, foi finalista no Millennium Estoril Open, o que lhe permitiu atingir o seu melhor ranking de sempre: 26.º. Nesta segunda-feira, em Wimbledon, igualou o seu melhor resultado em torneios do Grand Slam, ao qualificar-se para os quartos-de-final, após vencer Rafael Nadal num encontro de cinco sets e 4h47m.

“Fiz dois grandes sets, mas depois Rafa elevou o nível. No final foi uma grande batalha. Foi-se tornando difícil, com os match-points falhados, mas disse a mim próprio para dar 100%”, explicou Muller, após derrotar o número dois mundial, por 6-3, 6-4, 3-6, 4-6 e 15-13, e igualar o resultado obtido no Open dos EUA de 2008 — no qual tinha conseguido a sua última vitória sobre um top 5.

A vitória de Muller foi construída com base no serviço (30 ases e 80% de pontos ganhos com o primeiro serviço) e jogo de rede (71% de eficácia), mas também na tranquilidade com que jogou o longo quinto set de 2h15m, salvando cinco break-points, e lidou com os quatro match-points desperdiçados. Segue-se o croata Marin Cilic (6.º), que está nos quartos-de-final pelo quarto ano consecutivo, após dominar Roberto Bautista Agut (19.º), com um triplo 6-2.

A maratona do court n.º1 obrigou ao adiamento do encontro entre Novak Djokovic e Adrian Mannarino, o derradeiro dos 16 singulares programados para esta “Manic Monday”, em que se registou um feito histórico: pela primeira vez desde 1973, há um homem e uma mulher britânicos nos “quartos” das provas individuais.

Andy Murray, líder do ranking e detentor do título, recuperou de um break de desvantagem nos dois primeiros sets para afastar Benoit Paire (46.º), por 7-6 (7/1), 6-4 e 6-4, e está nesta fase do torneio pelo 10.º ano consecutivo. Segue-se Sam Querrey (28.º), que no ano passado travou aqui Novak Djokovic.

Roger Federer eliminou Grigor Dimitrov (6-4, 6-2 e 6-4) e estabeleceu dois recordes: 15.º quarto-de-final em Wimbledon e 50.º em torneios do Grand Slam. Amanhã, o heptacampeão de Wimbledon vai reeditar a meia-final de 2016, com Milos Raonic (7.º), que ultrapassou Alexander Zverev (12.º), em cinco sets: 4-6, 7-5, 4-6, 7-5 e 6-1. Tomas Berdych (15.º) segue igualmente em frente, após afastar Dominic Thiem (8.º), em três horas: 6-3, 6-7 (1/7), 6-3, 3-6 e 6-3.

No torneio feminino, Johanna Konta é a primeira britânica a atingir os quartos-de-final de Wimbledon desde Jo Durie, em 1984. A número sete do ranking derrotou Caroline Garcia (22.ª), por 7-6 (7/3), 4-6 e 6-4, e vai agora decidir um lugar nas meias-finais com Simona Halep (2.ª), que eliminou Victoria Azarenka, por 7-6 (7/3), 6-2. Com a derrota de Angelique Kerber (1.ª) diante de Garbiñe Muguruza (15.ª), que assinou 55 winners para vencer, por 4-6, 6-4 e 6-4, Halep pode sair de Wimbledon como líder do ranking, caso ganhe nos “quartos”. Muguruza, finalista em 2015, terá pela frente Svetlana Kuznetsova (8.ª) que, dez anos depois, volta aos “quartos” de Wimbledon. Nesta segunda-feira, a russa de 32 anos ganhou a Agnieszka Radwanska (10.ª), por 6-2, 6-4, terminando com o 37.º winner.

Venus Williams (11.ª), a única antiga campeã de Wimbledon em prova com cinco títulos (entre 2000 e 2008), afastou por 6-3, 6-2 a croata Ana Konjuh (28.ª), que nasceu seis meses depois da norte-americana se ter estreado neste torneio, em 1997. Segue-se outra jovem, Jelena Ostapenko (13.ª) que imitou Serena Williams (2015) e Justine Hénin (2007) ao chegar aos quartos-de-final de Wimbledon poucas semanas após triunfar em Roland Garros. A letã de 20 anos bateu Elina Svitolina (4.ª) por 6-3, 7-6 (8/6).     

O outro quarto-de-final irá opor Coco Vandeweghe (25.ª) a Magdalena Rybarikova (87.ª). A norte-americana, agora treinada por Pat Cash, campeão de Wimbledon em 1987, está nesta fase pela segunda vez em três anos, depois de eliminar Caroline Wozniacki (6.ª), por 7-6 (7/4), 6-4. Rybarikova somou a 17.ª vitória em 18 encontros disputados este ano em relva, afastando Petra Martic (135.ª), por 6-4, 2-6 e 6-3.

Sugerir correcção
Comentar