Rui Moreira entre o orgulhoso e o optimista

Candidato independente elege a sustentabilidade como o pilar do seu próximo mandato. A lista para a Câmara do Porto apresenta alguma novidades, mantendo quatro dos actuais vereadores

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Rui Moreira esteve rodeado de apoiantes Paulo Pimenta
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Apresentação da recandidatura aconteceu no Palácio de Cristal Paulo Pimenta
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O candidato recebeu mimos Paulo Pimenta
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E apresentou a sua lista Paulo Pimenta
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No discurso apresentou as suas prioridades Paulo Pimenta

A três meses das eleições autárquicas, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, subiu ao palco para dizer que é novamente candidato e para prestar contas aos portuenses que há quatro anos votaram num projecto independente vencedor. Foi uma intervenção longa com muitos recados à mistura, quer à esquerda, quer à direita e com alfinetadas ao “centralismo que diariamente inventa novos caminhos a partir de gabinetes e corporações”.

“Orgulhoso” com o mandato que está a terminar, Rui Moreira partilhou com aqueles que se deslocaram ao Palácio de Cristal para o ouvir que está optimista em relação ao novo mandato. “Temos todas as razões para estarmos optimistas. Prometemos pouco. Mas cumprimos muito. Só podemos estar optimistas”, declarou, lançando um apelo à mobilização até às eleições.

O presidente da câmara garantiu não ter outras ambições políticas e aproveitou para afirmar que “as candidaturas autárquicas no Porto não podem ser defendias pelos directórios (…)”, nem “podem ser rampas de lançamento para carreiras ou para voos distantes”.

Puxando dos galões, sublinhou o “acelerado clima de mudança” que a cidade vive e não se furtou a dizer que o Porto se “transformou para muito melhor”. Nesse sentido, criticou aqueles que “teimam em tentar passar a mensagem subliminar de que, com a mudança, estamos a perder a nossa identidade”. E aproveitou para dizer que o Porto é uma cidade segura, numa farpa directa para o candidato apoiado pelo PSD, Álvaro Almeida.

Com todos os candidatos independentes aos diferentes órgãos autárquicos presentes, Rui Moreira falou do futuro e dos desafios que a cidade enfrenta e dos “três vértices” que marcaram a acção política do Movimento Porto, o Nosso Partido neste mandato, juntou o da sustentabilidade porque a cidade mudou e os seus “desafios também se adensam”. “Na verdade, esse quarto pilar não nasce hoje. Ele representa o enunciar de várias políticas que fomos já desenvolvendo e articulando durante o presente mandato", afirmou.

“A transformação da cidade exige novas políticas. Necessitamos de garantir a sustentabilidade social e de ter uma nova dinâmica na atracção e fixação de cidadãos na cidade do Porto", declarou, notando que "o crescimento económico proporciona um aumento da procura. Quanto à sustentabilidade – frisou – passará por políticas activas, nomeadamente no domínio da habitação, que não se podem concentrar apenas no sector social". “É indispensável garantir que exista um mercado de arrendamento na cidade, a preços acessíveis para a classe média, para as famílias numerosas, para os jovens" e que isso "implicará novas políticas municipais que não se podem esgotar em incentivos ou isenções fiscais".

E se for eleito, implementará um conjunto de opções políticas que permitam, em zonas bem definidas, aumentar a densificação, única forma de reduzir o custo da habitação e de concorrer com a periferia onde os preços são mais acessíveis.

 Os 13 nomes da lista do Movimento Porto, Nosso Partido são: Rui Moreira, Filipe Araújo (vereador), Catarina Araújo (CDS), Ricardo Valente (vereador), Pedro Baganha, Cristina Pimental (vereadora), Fernando Paulo (director municipal da presidência), Manuel Aranha (vereador do CDS), Helena Tavares, Daniel Freitas, Isabel Martins, Isabel Menéres e Nuno Lemos. Miguel Pereira Leite lidera a lista à Assembleia Municipal do Porto.

 

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