Verdes querem partos aquáticos em dois hospitais públicos

Partido defende parto em meio aquático em dois hospitais e propõe contacto directo 24 horas por dia com as maternidades.

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ENRIC VIVES-RUBIO / PUBLICO

O Partido Ecologista Os Verdes (PEV) quer que dois hospitais públicos ofereçam a possibilidade de experimentar o parto em meio aquático e propõe ainda que as maternidades disponibilizem um contacto directo 24 horas por dia para o pós-parto.

Um projecto de resolução do grupo parlamentar do PEV defende que seja criado um projecto-piloto, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, que permita a experiência de prática do parto em meio aquático.

A ideia é estabelecer um protocolo com dois hospitais, um no Norte e outro no Sul de Portugal, para permitir partos em meio aquático, com o consentimento informado das mulheres grávidas e em condições de segurança.

O PEV quer ainda que a Direcção-geral da Saúde elabore um relatório sobre o parto em meio aquático, relatando estudos e experiências de outros países. Propõe-se ainda a criação de um guia informativo destinado a futuras mães e pais.

Os Verdes elaboraram ainda um projecto de lei que propõe que os estabelecimentos de saúde onde seja realizado qualquer parto disponibilizem um contacto directo 24 horas por dia para que as mulheres puérperas possam solicitar esclarecimentos e obter respostas de forma a tranquilizar dúvidas que surjam.

A ideia é que as unidades públicas onde se realizam os partos possam ajudar a esclarecer dúvidas, 24 horas por dia, sobre cuidados a ter com o recém-nascido ou sobre o estado físico e emocional da mãe.

“Finalizado o internamento por parto, não é incomum que comecem a surgir inseguranças e dúvidas sobre cuidados práticos a ter com o recém-nascido ou sobre o próprio estado emocional e físico da mãe”, justifica o projecto de diploma.

No mesmo projecto de lei pretende-se introduzir um esclarecimento sobre o acompanhamento da mulher grávida durante todas as fases do trabalho de parto, que já é possível em Portugal.

“A mulher grávida pode, a qualquer momento, prescindir do direito ao acompanhamento durante todas ou algumas fases do trabalho de parto”, sugere o PEV, no sentido de esclarecer que é à mulher grávida que deve sempre caber a decisão.

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