Cartas ao director

O relatório e o nosso futuro

Foi notícia o relatório da OCDE sobre Portugal, no qual se chama a atenção para a necessidade de reformas no sentido de promovermos maior crescimento da economia e para a excessiva dívida pública e privada e, fatalmente, para os problemas não resolvidos do nosso sistema financeiro.

Questionado o Presidente da República  sobre o dito relatório, a sua resposta não poderia ser mais surpreendente. Uma resposta surrealista, que se poderia sintetizar nesta alegoria. "O vosso País não pesca suficiente cherne e as redes de pesca não são adequadas, há que substituí-las; resposta do Presidente: estes senhores não têm razão porque as nossas vacas vêm produzindo imenso leite".

O Presidente já foi contaminado pelo autismo da geringonça; O nosso real problema é a falta de crescimento económico e  uma dívida (pública e privada) que não pára de crescer. Resolvidos estes dois problemas, tudo o mais são peanuts. Para isso há que fazer reformas e terminar com a obsessão de reverter tudo o que foi feito pelo anterior governo...

Há que ter ideias para o futuro e, nós portugueses temos direito a ter um futuro!

Ezequiel Neves, Lisboa

 

Despesas incompreensíveis

Um município nacional anunciou recentemente  a distribuição de verbas para associações desportivas e sociais. A distribuição conferia ao clube profissional da cidade 200 mil euros, às ligas amadoras de futebol 140 mil euros e os restantes 90 mi euros seriam destinados aos bombeiros. Esta situação mostra o ridículo da actividade autárquica nacional e uma importante inversão de prioridades, nomeadamente no que diz respeito aos serviços essenciais.

Os bombeiros têm uma missão mais essencial para as populações, não só pelo combate aos incêndios, mas também nos transporte de doentes, na resolução de acidentes ou no simples apoios a problemas quotidianos. Não está em causa a dotação e as ajudas às restantes instituições, porém os montantes em causa e a organização hierárquica, mostram o populismo e a demagogia. Num período de recursos limitados, seria útil limitar, como em diversos países, o apoio directo a associações desportivas profissionais.  

João António do Poço Ramos, Póvoa de Varzim

 

Guterres e o templo de Jerusalém

Enquanto a maioria dos comentadores insiste na diabolização de Donald Trump, António Guterres” meteu o pé na poça” ao referir-se  ao  templo de Jerusalém, nas montanhas da Judeia, como “um templo judeu”. Onde está a grande experiência política  do secretário-geral da Organização das Nações Unidas ?

A Palestina  merece mais atenção da ONU. Não esquecer a  minoria muçulmana rohingya perseguida na Birmânia. Só uma ampla plataforma de entendimento político  entre a Rússia, Israel, Autoridade Palestiniana, Irão, Estados Unidos e a Coreia do Norte  pode garantir a paz no mundo. António Guterres devia ter mais “tento” na língua.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

 

 

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