Variante de Arouca e Linha do Vouga são prioridades para AMP

Emídio Sousa falava na Câmara de Santa Maria da Feira, de que é também presidente

Foto
O autarca e líder do Conselho Metropolitano exigiu obras que considera essenciais ADRIANO MIRANDA

O presidente do Conselho Metropolitano do Porto (CmP) apontou esta sexta-feira como "absolutamente cruciais" para o território a conclusão da via rápida de Arouca e a modernização ferroviária da Linha do Vouga, enquanto recursos que beneficiariam toda a economia regional.

Em conferência de imprensa, realizada nos Paços do Município de Santa Maria da Feira esta manhã, Emídio Sousa (PSD) afirmou que a via Arouca-Feira e a reabilitação da Linha do Vouga são dois projectos metropolitanos "absolutamente necessários". O também autarca da Feira, distrito de Aveiro, referiu que deverá ser anunciado na próxima semana o lançamento do concurso para a obra.

A variante que pretendia ligar o concelho de Arouca ao nó da A32 na Feira só está completa em cerca de 30% e aguarda há aproximadamente 20 anos a conclusão dos seus últimos 15 quilómetros.

Diferentes governantes prometeram concretizar a obra, que vem sendo sucessivamente adiada, apesar de a autarquia já se ter disponibilizado formalmente para substituir a comparticipação financeira do Estado. Emídio Sousa destacou que esta empreitada tem maior relevo para Arouca, que não dispõe de ligação aos grandes eixos rodoviários e ferroviários. "Arouca precisa disso", sublinhou.

Já no que se refere à linha férrea do Vouga, cujo troço principal é o que liga o concelho de Espinho ao de Oliveira de Azeméis, através da Feira e de S. João da Madeira, o presidente do CmP lembrou que este é "um projecto que toda a região reclama" e o seu objectivo é "tentar que a AMP o possa integrar num plano de investimentos" futuro. "Já tivemos uma reunião com a [empresa pública] Infraestruturas de Portugal, que nos deu nota que é preciso concretizar o projecto de execução para requalificação da linha", disse.

Adiantando que o custo da linha está estimado em 60 milhões de euros, o presidente sustentou que os municípios a sul da AMP "precisam rapidamente dessa ligação".

Para o responsável, certo é que tanto a variante como a linha férrea são intervenções sobre as quais se deve "insistir" junto dos decisores políticos. O autarca da Feira admitiu que a Linha do Vouga "não resolve as carências" de mobilidade da região sul da AMP, mas "ajuda muito" e coloca novos desafios de mobilidade.

Afirmando que o título de transporte Andante chegará à região "dentro de dois/três meses", Emídio Sousa defendeu que todos os municípios deveriam ter uma rede de transporte público até ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, situado na Maia.

Sobre a ligação Arrifana-Feira, da estrada nacional 223, o autarca afirmou que o seu adiamento o deixou "indignado", esperando que "o Governo retome rapidamente" a intenção de avançar com a requalificação, cujo custo é de cerca de 2,5 milhões de euros e que esteve planeada para arrancar no "último trimestre do ano passado".

"Lamento que o Governo central não perceba que este investimento de 2,5 milhões é mais do que justo. São uns trocos dos muitos milhões que a região paga ao país", concluiu.

Sugerir correcção
Comentar