Lobo d’Ávila critica Cristas por não excluir referendo à eutanásia

O deputado, rosto da oposição interna no CDS, acha que o partido só pode dizer não à eutanásia e não ao referendo.

Foto
Daniel Rocha

Filipe Lobo d’Ávila, deputado e conselheiro nacional da oposição à direcção do CDS, criticou a líder do partido por esta não excluir a possibilidade de um referendo sobre a eutanásia, matéria acerca da qual o parlamentar considera que o partido só pode responder "não". “Não gosto da incerteza de posições que esta ideia do referendo faz transparecer. Lamento mas não concordo. Não concordo mesmo, venha a ideia de onde vier. Seja de Belém ou mesmo do Caldas”, escreveu na rede social Facebook.

O deputado, que liderou a lista alternativa à de Assunção Cristas ao Conselho Nacional, defende que o partido deveria ter uma posição clara. “Gostava de ver um CDS a dizer não à eutanásia, a dizer não à morte provocada, pura e simplesmente a dizer não. O CDS que eu conheço estará claramente no não. O CDS que tive o orgulho de representar no último congresso sabe o que defendemos neste ponto: 'Não'”, escreveu. Filipe Lobo d’ Ávila assume que tem estado em “propositadamente em silêncio” no último ano, mas que decidiu interrompê-lo porque não gosta da “confusão” e da “hesitação”.

Em causa estão as declarações de Assunção Cristas, na terça-feira. "Essa é uma matéria que também ela merece um debate na sociedade portuguesa, mas eu não excluiria à partida essa hipótese [de referendo]", afirmou a líder centrista aos jornalistas, respondendo a perguntas sobre a possibilidade de uma consulta popular.

Em contrapartida, Filipe Lobo d’Ávila elogiou a declaração política do CDS desta quinta-feira, em que a deputada Isabel Galriça Neto propôs um reforço de direitos para os doentes em fim de vida.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários