Cartas ao director

Debater a morte assistida

Existem temas que apelidamos de fracturantes dado que “fracturam” as sociedades: os “a favor” e os do “contra”. Aconteceu, e ainda acontece com o aborto e está em cima da mesa com a Morte Assistida, vulgo Eutanásia.

Deveríamos debater estes temas não indo preparados para nunca mudar de posição. Para além de que, demasiadas pessoas nem estão convictamente empenhadas, unicamente têm necessidade de aparecer. Outros defendem as causas em que acreditam dando a cara, o que é positivo.

Falando de Morte Assistida, algo que é pedido em determinadas e bem esboçadas circunstâncias pelo próprio, e só pelo próprio, quando considera que a sua “vida já sem cura deixou de ser digna de ser vivida”.

Quanto à Morte Assistida, a evolução no tempo não permite que várias gerações vivam na mesma casa. Hoje, são demasiados os casos em que se deixam os velhos abandonados em casas sem auxílios  ou deixados doentes à porta do hospital.

Pede antecipada e legalmente para morrer, sendo ajudado a fazê-lo e se não poder por quem de direito.
Isto deve ser permitido para quem quer, mesmo já tendo feito o Testamento Vital. A vida tem que ser vivida até que idade for com dignidade.

Augusto Küttner de Magalhães, Porto
 

 

No dia de São Nunca

Portugal regista a segunda maior dívida pública em função do PIB e o quarto maior défice público na União Europeia.Com as centrais patronais a aproveitar a subida do salário mínimo nacional para chorar por uma série de contrapartidas, um pouco de boa vontade de António Costa apadrinhado por Marcelo Rebelo de Sousa, e  o Estado assume o pagamento das indemnizações por despedimento. 

Os “astrólogos” que redigiram o Orçamento do Estado prevêem uma “trajectória descendente” da dívida pública até registar (“no dia de São Nunca”)  60% do PIB recomendado pela Comissão Europeia. Sendo Portugal um país de poetas, aguarda-se a conversão de discursos políticos em euros. Bons tempos em que a desvalorização do escudo equilibrava o défice da balança comercial.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

 

Almaraz aqui ao lado

Uma autêntica bomba nuclear  marca a vida desta central nuclear ligada ao nosso rio Tejo, cuja influência nefasta se estende aos distritos de Portalegre e Castelo Branco. É do domínio público que a Central Nuclear de Almaraz teve até agora três mil incidentes. Mas lá continua, a 68 km de Cáceres e a 100 quilómetros de Portugal.

Reis de Espanh cá, Presidente da República e primeiro-ministro lá, banquetes e grandes cerimónias, com discursos muito pomposos  com a velha cassete da grande Amizade - Luso-Espanhola - mas o que é certo é que esta bomba nuclear reside ao lado do nosso país.

As autoridades a nível mundial deveriam o mais urgente possível intervir no sentido de se evitar uma grande tragédia.

Tomaz Cardoso de Albuquerque, Lisboa

 

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