Câmara de Loures abre quatro lojas para venda de produtos biológicos locais

Situadas em Loures, Santo António dos Cavaleiros, Santa Iria de Azóia e Sacavém, estas lojas funcionam como postos de entrega dos cabazes de frutas e legumes encomendados online ou por telefone.

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Projecto arranca com dez produtores e pretende crescer de forma sustentada DANIEL ROCHA

As frutas e legumes biológicos produzidos pelos agricultores do concelho de Loures têm agora lojas próprias. No âmbito do programa municipal Prove Loures 100% BIO, foi criado um sistema de venda quase directa de produtos biológicos de produtores para consumidores locais. As quatro primeiras lojas abrem já na segunda semana de Fevereiro.

Situadas em Loures, Santo António dos Cavaleiros, Santa Iria de Azóia e Sacavém, estas lojas funcionam como postos de entrega dos cabazes encomendados online (através do portal www.prove.com.pt) ou pelo telefone, como explicou ao PÚBLICO António Pombinho, vereador com o pelouro da Economia e Inovação da Câmara de Loures. Os produtos são vendidos em cabazes, com 8 a 10 kg de frutas e hortícolas produzidos por agricultores biológicos certificados, “o que corresponde às necessidades de uma família de três ou quatro pessoas durante uma semana”, acrescentou. Cada cabaz custa dez euros.

A testar a eficácia deste modelo de venda de produtos locais existe já um núcleo Prove de agricultura tradicional em Sacavém, que entrega entre 70 a 80 cabazes por semana. Com base nestes números, António Pombinho estima que as quatro novas lojas venham a responder aos pedidos de 300 a 400 famílias do concelho.

Cada uma das quatro lojas vai estar aberta apenas uma vez por semana para fazer as entregas, durante cerca de três horas. O núcleo no mercado municipal de Loures abre às segundas-feiras, o da Quinta do Conventinho, em Santo António dos Cavaleiros, às terças, o do Castelo de Pirescouxe, em Santa Iria de Azóia, às quartas e o da loja BioLoures, em Sacavém, às quintas. A gerir estes espaços estará o único mediador entre produtores e consumidores, o técnico municipal responsável pela gestão do projecto.

O Prove, que vai ser apresentado pela autarquia esta segunda-feira, começa com dez produtores. A possibilidade de aumentar a oferta de produtos disponíveis “vai assentar sempre na criação de novos postos de venda, em novos locais, com novos produtores”, acrescentou António Pombinho, explicando que o Prove se baseia na “frescura, qualidade e sustentabilidade dos produtos de época”. “Não é um projecto de escala, mas de proximidade”, concluiu.

A autarquia pretende contribuir para o escoamento dos produtos locais e aproximar pequenos produtores agrícolas e consumidores, “num sistema que promove a economia local de forma simples e directa”, completou António Pombinho.

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