Câmara de Peniche investe 600 mil euros na reabilitação do Forte da Consolação

Com a intervenção, a autarquia tem como objectivos "criar mais um polo de atracção turística, contribuir para a valorização do património e alargar a rede museológica municipal". As obras vão ser comparticipadas em 85% por fundos comunitários.

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Daniel Rocha

O presidente da Câmara de Peniche anunciou esta sexta-feira que a autarquia decidiu lançar um concurso, no valor de cerca de 600 mil euros, para requalificar o Forte da Consolação e torná-lo num centro interpretativo sobre o património geológico e defensivo-militar.

"O Forte vai ter uma componente interpretativa sobre o património geológico do concelho de Peniche e sobre sistema militar defensivo e, ainda, espaço multiusos para conferências", afirmou António José Correia à agência Lusa.

Com a intervenção, a autarquia tem como objectivos "criar mais um polo de atracção turística, contribuir para a valorização do património e alargar a rede museológica municipal". As obras vão ser comparticipadas em 85% por fundos comunitários.

"No Plano de Acção Territorial do Oeste, quando chegámos à área da cultura, tínhamos direito a verbas na ordem dos 600 mil euros e indicámos aquele património nacional para reabilitação, o que mereceu concordância", esclareceu.

Devido aos invernos rigorosos, o Forte da Consolação chegou a estar em risco de segurança, na sequência de uma derrocada ocorrida em 2010, que, apesar de não ter causado vítimas, obrigou a Câmara a pedir ao Ministério do Ambiente uma intervenção com carácter de urgência.

A empreitada de consolidação da arriba em cima da qual o forte foi construído veio a ser iniciada em 2014 e ficou concluída em 2015.

O Forte da Consolação foi construído em 1641 com a finalidade de reforçar a defesa de Peniche, no âmbito da estratégica desenvolvida para a linha costeira de Portugal. Em 1947, depois de estar desactivado das suas funções militares, chegou a ser ocupado como colónia de férias. Em 1978 foi classificado como património nacional.

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