Execução de fundos comunitários no Centro está em 4% mas objectivo é fechar 2017 com 15%

Foram feitos 76 milhões de euros em pagamentos, mas já estão aprovados 560 milhões de euros em projectos para a Região Centro.

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Estão aprovados 2372 projectos que correspondem a 560 milhões de euros em fundo comunitários, diz a CCDR SERGIO AZENHA

O programa Centro 2020, que inicialmente tinha 2155 milhões de euros disponíveis, fez pagamentos de 76 milhões de euros até ao final de Novembro. Este valor corresponde a uma taxa de execução de 4%, disse nesta quarta-feira a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa.

De acordo com a responsável, estão aprovados 2372 projectos que correspondem a 560 milhões de euros em fundos comunitários, o que significa que o programa já tem comprometido 26% das verbas.

Em análise estão projectos que “perfazem um montante de 670 milhões de euros”, referiu Ana Abrunhosa, o que significa que o potencial é de duplicar o valor das aprovações.

Se o programa Centro 2020 vai fechar o ano de 2016 com uma taxa de aprovação a rondar 4%, a “ambição” para o próximo ano é atingir 15%. “Era desejável que a taxa de execução andasse entre os 10% e os 15% no final do ano”, aponta Abrunhosa.

Em comparação com os outros programas operacionais regionais, a “maior dinâmica” vai para a CCDRC e para a entidade homóloga do Norte, refere.

A presidente da CCDRC falava aos jornalistas no final do Conselho Regional de final do ano, que serviu de balanço da actividade do programa operacional e da própria comissão. O encontro, que não foi aberto à comunicação social, serviu também para apresentar o projecto “Forest for Future” e vai arrancar em quatro municípios da Região Centro em 2017.

“Não é um projecto de investigação, mas de demonstração”, esclarece o Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, sobre o projecto desenvolvido pela Universidade de Coimbra.

Na prática, a iniciativa que vai começar pelos municípios de Mortágua, Sertã, Vouzela e Oleiros consiste em “pegar na indústria transformadora de madeira, no saber fazer e promover esses produtos junto dos utilizadores”, diz Amândio Torres.

 “A nossa floresta está feita essencialmente para trituração, que vai para duas linhas: a do fabrico da pasta de papel e a linha dos aglomerados”, explana. “Mas pode-se fazer mais” com os produtos da floresta, entende o secretário de Estado, que considera importante “diversificar a produção a partir destes recursos.”

O projecto ainda não tem financiamento, mas está a “ser trabalhado”. Ana Abrunhosa estima que os fundos a atribuir ao “Forest for Future” se situem entre os dois e três milhões de euros. A responsável destaca ainda que a aplicação do projecto no terreno não requer a construção de novas infra-estruturas. 

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