Piloto do avião da Chapecoense tinha um mandado de prisão na Bolívia

O piloto Miguel Quiroga tinha um mandado de prisão contra si por ter desertado da Força Aérea Boliviana.

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Reuters/MATT VARLEY

O piloto Miguel Quiroga, que comandava o avião que caiu na semana passada causando a morte de 71 pessoas, tinha um mandado de prisão contra si por ter desertado da Força Aérea Boliviana, informou esta segunda-feira o Governo do país.

"O capitão Quiroga, que era o piloto do avião acidentado, tinha um julgamento pendente com a Força Aérea Boliviana, tendo, inclusive, um mandado de prisão contra si", disse o ministro boliviano da Defesa, segundo a agência estatal ABI.

De acordo com Reymi Ferreira, Quiroga e outros quatro militares que desertaram estão a ser processados por essa conduta, mas evitaram ser detidos com a apresentação de recursos legais de ordem constitucional.

O ministro explicou que os pilotos militares assumem o compromisso de, uma vez formados, não se retirarem da entidade até cumprirem os anos de serviço militar estabelecidos.

Apenas em casos excepcionais pode ser analisada a baixa de um militar, o que não aconteceu com Quiroga, que não tinha justificação válida.

A 29 de Novembro, a queda do avião da companhia Lamia causou a morte a 71 das 77 pessoas que seguiam a bordo, incluindo a maioria dos jogadores da Chapecoense, dirigentes e jornalistas que acompanhavam a equipa brasileira, que se preparava para disputar a primeira mão da final da Taça Sul-americana de futebol com os colombianos do Atlético Nacional.

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