Hospital de Gaia ainda não conseguiu lançar concurso para segunda fase das obras

Hospital tem o financiamento garantido mas falta autorização das Finanças para iniciar o processo.

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A Administração do Centro Hospitalar de Gaia/Espinho (CHGE) ainda não conseguiu lançar o concurso público internacional para a segunda fase de reabilitação do Hospital Santos Silva. No final de Outubro, o município de Gaia, na presença do ministro da Saúde, assegurou a última parcela de financiamento da obra, mas a instituição ainda aguarda “a autorização do Ministério da Saúde e do Ministério das Finanças para a realização do investimento”, explicou ao PÚBLICO o seu administrador, Silvério Cordeiro.

A segunda fase das obras do Hospital Santos Silva - unidade de referência, nas valências mais complexas, para 700 mil habitantes de vários concelhos na margem sul do Douro – tem um custo estimado de 16 milhões de euros.  A 21 de Outubro, a Câmara de Gaia aceitou participar neste esforço financeiro com três milhões, que se somam aos 5,3 milhões de fundos próprios que o Centro Hospitalar tem já garantidos desde o ano passado e mais seis milhões do programa comunitário Norte 2020, aprovados já desde 25 de Maio deste ano.

Fonte da CCDRN explicou ao PÚBLICO que o primeiro pedido de pagamento dos seis milhões de fundos comunitários deveria ser pedido até ao final do ano o que, a não acontecer, vai obrigar a uma recalendarização deste financiamento.

Segundo o CHGE, a fase B da reabilitação do hospital Santos Silva contempla a construção dos serviços de Urgência Geral, Pediátrica e de Ginecologia/Obstetrícia, da Unidade de Emergência Médica e das unidades de Cuidados Intensivos e Intermédios, dos serviços de Urologia e de Gastrenterologia, da Unidade de Broncologia e da Consulta Externa de Ortopedia, bem como a conclusão do Serviço de Imagiologia e a construção das áreas técnicas que permitem o funcionamento do Edifício.

O projecto contempla três fases. A fase A, que custou 13 milhões de euros, sete milhões dos quais financiados pelo anterior programa regional, terminou em Dezembro de 2015 e implicou a construção da estrutura do novo edifício, do novo Pavilhão de Ambulatório e a aquisição de alguns equipamentos de raio-X, TAC e mamografia. Com esta obra, o pavilhão central passou a estar ligado aos existentes, o que “normalizou” os fluxos de doentes e funcionários, que passaram a circular por dentro do hospital, quando antes dependiam de transporte externo por ambulâncias. Foi algo que diminuiu tempos e se reflectiu “por isso, numa clara melhoria na qualidade dos serviços prestados aos doentes, no seu conforto e bem-estar”, explica Silvério Cordeiro.

O processo de reabilitação prevê uma terceira fase que permitirá transferir para o Santos Silva os serviços hoje prestados na Unidade II, que usa instalações da Misericórdia, no centro da cidade. Sem certezas quanto ao prazo para este terceira intervenção, o Centro Hospitalar, com o apoio do município, tem investido na melhoria das condições do espaço onde trabalham 500 profissionais, que funciona como Unidade Materno-Infantil e que tem tido, desde meados de 2014, a concorrência do novíssimo Centro Materno Infantil do Norte, no Porto. O volume de produção, em termos de consultas, cirurgias, altas e atendimentos na urgência obstétrica/ginecológica caiu um pouco, de 2014 para 2015, e o número de partos, baixou de 1720 para 1634.

A Câmara de Gaia vai ter a funcionar, a partir de Janeiro, o cartão da grávida e o cartão do bebé, que dá descontos em bens e serviços para os subscritores, com o objectivo de fidelizar a relação das parturientes com o centro materno-infantil local. E esta quarta-feira complementou esse esforço com um apoio de 140 mil euros à Liga dos Amigos do CHGE, para que esta associação proceda, ainda este ano, à pintura do edifício que tem, por fora, um aspecto algo degradado que “não condiz com a qualidade do serviço ali prestado”, assinalou o autarca Eduardo Vítor Rodrigues na cerimónia de assinatura do protocolo de colaboração com a liga, o hospital e a Administração Regional de Saúde. 

 

Alterado às 12h50, para substituir reprogramação pela expressão correcta, recalendarização dos fundos comunitários.

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