Oporto GC campeão onde fora feliz da última vez

Bate CG Miramar na final do Nacional de Clubes, no mesmo campo onde vencera em 2010

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Da esquerda para a direita, Afonso Girão, Vasco Alves, Henrique Barros, Miguel Montenegro (capitão), Eduardo Maganinho (treinador), Manuel Violas Jr., Thomas Perkins, João Pedro Maganinho e Tiago Rodrigues / © RODRIGO CORDOEIRO

O Oporto venceu hoje pela sétima vez, debaixo de um calor tórrido (como durante toda a semana), o Campeonato Nacional de Clubes Solverde (Taça Visconde Pereira Machado. Por coincidência, no mesmo campo – o do Montado Hotel & Golf Resort, em Palmela – onde o ganhara pela última vez, em 2010. 

Tiago Rodrigues, Manuel Violas Jr. e Thomas Perkins estiveram em ambas as equipas e na edição que terminou neste domingo foram acompanhados por Afonso Girão, Vasco Alves, João Pedro Maganinho e Henrique Barros (suplente). 

Foram estes os heróis que, comandados uma vez mais pelo histórico treinador do clube, Eduardo Maganinho (e tendo como capitão Miguel Montenegro), bateram na final o CG Miramar (que não ganha desde 1994 mas foi vice-campeão em 2014), com o resultado de 5,5-1,5, no cômputo dois jogos de pares em foursomes e dos cinco de singulares. 

Tiago Rodrigues despede-se em beleza, já que este foi o seu último torneio como amador – segue-se uma nova vida como jogador profissional. 

O Oporto, campeão também em 1978, 1979, 1982, 1983 e 1999, sucede na lista dos vencedores ao CG Vilamoura, que havia vencido as última quatro edições e procurava aqui o primeiro pentacampeonato da competição e o recorde de 17 vitórias no torneio (está empatado com o Estoril em 16), mas que foi eliminado de forma expressiva por Miramar nas meias-finais. 

Na final de hoje, o Oporto começou logo por se superiorizar na parte da manhã, ganhando os dois matches de pares em foursomes. No primeiro, Tiago Rodrigues/Afonso Girão travaram uma luta duríssima com Pedro Lencart/Alexandre Abreu e acabaram por infligir a primeira derrota desta dupla na competição, mas só no 21.º buraco de jogo, o terceiro do play-off. No segundo, Manuel Violas/Vasco Alves levaram a melhor sobre Tomás Bessa/João Maria Pontes, por 3/2. 

Da parte da tarde, Afonso Girão venceu o primeiro single perante José Maria Cunha, por 4/3, e no terceiro jogo Violas derrotou o campeão nacional de sub-16, Pontes, por idêntica marca, conseguindo desde logo o ponto vitorioso. Nos restantes três encontros os respectivos intervenientes deram-nos como empatados uma vez resolvida a contenda: Maganinho vs. Pedro Lencart; Rodrigues vs. Alexandre Abreu; e Alves vs. Tomás Bessa. 

“Obviamente estou muito feliz pelo trabalho desenvolvido pelos jogadores, foram inexcedíveis”, congratulou-se Eduardo Maganinho, para se depois se referir à final frente a Miramar: “Ao contrário de ontem, tiveram uma boa atitude nos foursomes, deram a volta nos segundos 9 buracos, aprenderam com os erros, que é o que fazem os grandes jogadores”, acrescentou. 

Referia-se ao encontro dramático das meias-finais da véspera frente ao Lisbon SC, aos dois matches perdidos de manhã nos foursomes. Mas veio depois uma reviravolta sensacional, com vitórias em 4 dos 5 singles da tarde. Como foi isto possível no sábado? “Para os singles, tentei retirar-lhes um pouco da pressão de estarem a representar o clube no campeonato nacional, perguntei-lhes: ‘Digam-me por favor, se vocês estivessem a jogar a Taça da FPG, achavam que era ou não possível passar à fase seguinte? Então façam de conta que estão a jogar um torneio de match play…’ Acho que surtiu efeito, porque jogaram muitíssimo bem.”

Maganinho não se livrou do banho, aqui ajudado por Serafim, pai de Tiago Rodrigues

... e à saída do banho... / © RODRIGO CORDOEIRO

A Nelson Ribeiro, treinador de Miramar, perguntei-lhe se estava decepcionado por ter perdido a segunda final em três anos no Nacional de Clubes. “Decepcionado nunca, só posso estar feliz por estar presente em duas finais”, respondeu." Encontrámos um Oporto forte, perdemos um dos foursomes em play-off, se acontecia ganhar naturalmente seria diferente, nomeadamente a própria motivação da equipa para jogar à tarde. Infelizmente, não conseguimos fazer um dos dois pontos possíveis e dificultou-se a prova para a parte da tarde”, acrescentou.  

A equipa vice-campeã nacional de Miramar / © JORGE FIGUEIRA

Nos outros encontros do Flight A, Vilamoura derrotou o Lisbon, por 4,5-2,5, no encontro para atribuição do terceiro lugar; nos restantes encontros (com apenas 1 jogo de pares e 4 de singulares), o Santo da Serra bateu Tróia (campeão em 2011) por 4-1 para o quinto lugar e a Quinta do Peru ganhou também ao Estoril por 4-1 para o sétimo posto. 

A classificação do Flight A ficou assim ordenada: 

1.º       Oporto

2.º       Miramar

3.º       Vilamoura

4.º       Lisbon

5.º       Santo da Serra

6.º       Tróia

7.º       Quinta do Peru

8.º       Estoril

P.S. O Flight B da prova masculina (ganho pelo CG Montado) e a prova feminina, a Taça Nini Guedes Queiroz (ganha pelo terceiro ano seguido por Miramar), serão alvo de artigos a publicar de seguida aqui no GolfTattoo

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