Pai do menino que esteve desaparecido na Madeira detido por violação

Homem foi denunciado por uma jovem de 17 anos e crime terá acontecido em Maio na piscina de uma escola.

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O suspeito foi denunciado por uma jovem de 17 anos apontando-o como o alegado autor de um crime RUI GAUDÊNCIO

O pai menino que esteve desaparecido em Janeiro de 2014, na Madeira, na zona do concelho da Calheta, foi detido este sábado pela Polícia Judiciária suspeito da prática do crime de violação de uma menor, disse à Lusa fonte da PJ.

Segundo a mesma fonte, o homem "será ouvido em primeiro interrogatório pelas autoridades judiciárias na próxima segunda-feira" no Tribunal da Comarca da Madeira.

Quanto aos dois filhos menores [Daniel e a irmã], que estavam à guarda dos pais, ficarão "temporariamente com familiares", adiantou a mesma fonte, recusando facultar mais informações.

O suspeito foi denunciado por uma jovem de 17 anos apontando-o como o alegado autor de um crime, cometido a 2 de Maio deste ano na piscina da escola da localidade onde o homem, de 28 anos, trabalhava, no âmbito de um programa promovido pelo Instituto de Emprego. Nessa altura, o detido, Carlos Abreu Sousa, em declarações a vários órgãos de comunicação social negou as acusações, mas a PJ tem investigado o caso. 

Também a mãe de Daniel, Lídia Freitas, foi acusada pelo Ministério Público (MP), em Maio deste ano, pela prática dos crimes de rapto e tráfico de pessoas.

A 19 de Maio, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) anunciou que o MP havia pedido o julgamento em tribunal colectivo da mãe do menino. "A acusação foi deduzida contra a mãe do menor, por se terem recolhido indícios, considerados suficientes, de que foi esta a responsável pelo desaparecimento da criança, com vista a vendê-la a terceiros para que estes a pudessem adoptar por via ilícita", acrescentou a PGDL.

Daniel, um menino de 17 meses, desapareceu a 19 de Janeiro de 2014 de casa de familiares residentes no Estreito da Calheta, no sítio do Lombo dos Reis Acima. O alerta do desaparecimento da criança, que viria a ser encontrada três dias depois numa zona de floresta perto do local onde desaparecera com sinais de frio, foi dado pelos pais da criança.

A mãe de Daniel foi detida pela Polícia Judiciária para ser interrogada dois dias depois do desaparecimento da criança por suspeita de envolvimento no desaparecimento do filho.

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