Membro do COI suspende funções depois de detido por venda ilegal de bilhetes

Presidente do Comité Olímpico da Irlanda estará envolvido num esquema internacional que cobrava até 30 vezes mais por cada ingresso.

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Patrick Hickey ocupa também a presidência dos Comités Olímpicos europeus e a vice-presidência da associação de comités olímpicos Geoff Burke-USA TODAY Sports/Reuters

Patrick Hickey, 71 anos, presidente do Comité Olímpico da Irlanda e membro do Comité Olímpico Internacional (COI), suspendeu-se "temporariamente" de todos os cargos que ocupava no movimento olímpico depois de ter ficado em prisão por suspeitas de estar envolvido na venda ilegal de bilhetes para os Jogos do Rio.

A juíza brasileira Mariana Tavares Shi, responsável pela decisão judicial que se aplica a outros supeitos, declarou que dessa forma pretendeu evitar que os suspeitos possam sair do Brasil.

Hickey foi detido esta quarta-feira de manhã num hotel da Barra da Tijuca, onde estão hospedados os membros do COI. Durante a detenção, o dirigente terá chegado a sentir-se mal e foi conduzido ao hospital, local de onde será levado para instalações da polícia.

Os irlandeses Ken Murray e Eamonn Anthony Stephen Collins e o britânico Michael Glynn também foram acusados de participar num esquema internacional de venda ilegal de ingressos para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Segundo a polícia brasileira, o Comité Olímpico da Irlanda contratou a empresa Pro 100 para a venda de bilhetes, mas os mesmos foram transferidos para a empresa THG, do empresário inglês Marcus Evans, cuja detenção foi pedida no início da semana.

A THG era a empresa responsável pela venda oficial para os Jogos de Londres 2012, mas não tinha autorização para vender os ingressos para o Rio 2016. De acordo com a investigação, a empresa chegou a vender bilhetes para a cerimónia de abertura, a 5 de Agosto, por 8000 dólares (cerca de 7110 euros).

O delegado Aloysio Falcão, responsável pela investigação do caso, disse à agência Brasil que o esquema era mascarado como um programa de hospitalidade, através do qual os ingressos eram vendidos por valores até 30 vezes superiores ao preço normal.

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