Municípios de Coimbra exigem obras urgentes no IP3

Comunidade Intermunicipal considera que o actual IP3 tem de ser beneficiado, mesmo que se construa nova estrada entre Coimbra e Viseu.

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Os autarcas da região de Coimbra estão cansados da sinistralidade no IP3 Carla Carvalho Tomás/Arquivo

A Comunidade Intermunicipal (Cim) da Região de Coimbra exigiu esta quinta-feira ao Governo e à Infraestruturas de Portugal (IP) uma intervenção urgente no Itinerário Principal 3 (IP3). 

Após a reunião do seu Conselho Intermunicipal, em Penacova, a comunidade enviou à agência Lusa um documento intitulado "Cim Região de Coimbra não quer mais mortes no IP3", no qual os 19 municípios envolvidos na organização consideram que, "não obstante a necessidade de construção de uma nova via entre Coimbra e Viseu, é prioritária e urgente a reparação e beneficiação do atual IP3, de modo a diminuir os elevados índices de sinistralidade e a garantir que esta via estruturante para o país continue a cumprir as suas funções".

Na nota, a Região de Coimbra recorda que, com cerca de 18 mil veículos/dia e uma elevada percentagem de pesados, o actual eixo do IP3, além de principal acesso ao concelho de Penacova, é fundamental no desenvolvimento da Região e constitui um dos trajectos essenciais para o transporte de mercadorias para exportação". Não é possível, por isso, segundo aquela organização, "escamotear o seu impacto [do IP3] na economia nacional".

Os autarcas da Região de Coimbra vão fazer chegar as suas preocupações ao primeiro-ministro, António Costa, e vão solicitar uma reunião com carácter de urgência ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques. A intervenção a realizar no IP3, defendem os autarcas, "deve ser inscrita no plano de proximidade da Infraestruturas de Portugal e responder à intensa procura que a via regista, garantindo níveis de qualidade e de segurança aos milhares de utilizadores que viajam diariamente neste itinerário principal".

Criticando o estado de conservação da via, a comunidade lamenta ainda "a sinalização deficiente e os abatimentos da plataforma, com a consequente redução das faixas de rodagem e aluimento de taludes". "Os autarcas da Região de Coimbra exigem que estas intervenções se realizem com caráter de urgência, já que se trata do corredor com elevada taxa de sinistralidade e que paralelamente melhor se articula com as grandes vias de tráfego da região Centro, nomeadamente com a A1 para norte e para sul, com a A14 para oeste, com a A24 para norte interior, com a A25 para este e Espanha e com o IC6 e o IC12 para a Beira Interior".

Reivindicam, ainda, "a clarificação do processo da nova via Coimbra-Viseu, uma vez que esta é considerada como fundamental para diminuir a falta de competitividade das empresas da região, penalizadas pelos acessos muito difíceis às vias principais de comunicação, mas cujo volume de produção efectiva está voltado para o sector da exportação, representando largas dezenas de milhões de euros de faturação". "O crescimento, ou até mesmo manutenção deste volume de negócio, só será possível de manter com a nova ligação rápida às grandes vias de circulação rodoviária, garantindo a ligação da costa Atlântica à fronteira com Espanha", insistem.

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