Três feridos no acidente na base do Montijo deverão ter alta em breve

Estado de saúde do ferido mais grave tem evoluído positivamente, mas o prognóstico hospitalar é ainda reservado.

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Nuno Ferreira Santos

Três dos quatro feridos no acidente com um avião C-130H da Força Aérea Portuguesa (FAP)  na base do Montijo deverão ter alta hospitalar ainda em breve, revelou ao público fonte da FAP.

A FAP tinha referido na manhã desta terça-feira que os militares poderiam ter alta ao longo do dia, mas ao início da tarde ainda se mantinha o internamento. Espera-se agora que possam ter alta em breve, provavelmente nesta quarta-feira.

Já o ferido mais grave resultante do incêndio no avião permanece internado no Hopsital de S. José, em Lisboa, e a sua situação é estável. O seu estado de saúde tem evoluído positivamente, mas o prognóstico é ainda reservado.

A FAP, que na segunda-feira abriu uma investigação ao acidente, não tem ainda qualquer informação sobre o sucedido. Sobre notícias vindas a público que dão conta de que dois dos militares que acabaram por morrer foram atingidos pelas chamas quando voltaram ao interior do avião para tentar salvar o piloto, a FAP “não tem ainda qualquer indicação do sucedido”, nomeadamente sobre a actuação dos militares na aeronave, embora não descarte que “ao longo da investigação esse facto se venha a verificar”.

O acidente teve lugar nesta segunda-feira, pelas 12h. Fonte do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que adiantou que o avião se terá incendiado quando estava na pista e se preparava para descolar para a base de Beja, revelou nesse dia que pelo menos três militares morreram carbonizados dentro do aparelho. Outros quatro, que integravam a tripulação com um total de sete elementos, ficaram feridos, um deles com gravidade, confirmaria ao final do dia a Força Aérea em comunicado.

Os feridos foram assistidos no local e depois encaminhados para unidades hospitalares, indicou a FAP, que adiantou que o acidente ocorreu durante uma missão de treino.

O Presidente da República e o Governo manifestaram o pesar pela morte dos três militares.

O Lockheed C-130 H / H-30 Hercules é um aparelho especialmente vocacionado para a operações de busca e salvamento e transporte. Segundo a FAP, as “excepcionais características operacionais (robustez, versatilidade, capacidade, raio de acção e autonomia)” do aparelho “garantem à Força Aérea Portuguesa a capacidade para a realização de missões de transporte aéreo táctico e transporte aéreo geral, de patrulhamento marítimo e de busca e salvamento, apoio logístico às Forças Armadas Portuguesas" e à NATO, e também o apoio a operações de combate a incêndios florestais.

A Força Aérea Portuguesa possui três C-130H-30.

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