Despedida mostrou produção goleadora como ainda não se tinha visto

Há seis anos que a selecção não marcava tantos golos num jogo.

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Cristiano Ronaldo é o melhor marcador da selecção REUTERS/Rafael Marchante
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O derradeiro teste antes de a selecção nacional começar a disputar o Euro 2016 trouxe a maior produção goleadora da equipa desde que Fernando Santos assumiu o comando técnico. Foi a primeira vez em mais de ano e meio que a selecção portuguesa fez três golos em 45’ – contrariando a tendência dos 0-0 ao intervalo que se tinham verificado em nove dos 18 jogos anteriores desde a chegada do seleccionador. O 7-0 final diante da Estónia reflecte o resultado mais volumoso da era Fernando Santos, uma semana e meia depois de ter obtido um 3-0 contra a Noruega. À excepção de um 2-0 contra a Luxemburgo, todos os outros triunfos da selecção tinham sido pela margem mínima.

Com um “bis” frente aos estónios, Cristiano Ronaldo ampliou o seu registo de golos ao serviço da equipa nacional para 58 – é o melhor marcador da história da selecção e, com 126 internacionalizações, está a apenas um jogo de igualar Luís Figo. É praticamente garantido que durante o Europeu o madeirense vai tornar-se no futebolista que mais vezes representou Portugal. Ronaldo fez oito golos nos 12 jogos da era Fernando Santos em que foi utilizado.

A goleada à Estónia confirmou a predilecção que a equipa nacional adquiriu com Fernando Santos para marcar golos nas segundas partes: 18 dos 28 golos apontados pela selecção portuguesa nestes 19 encontros foram marcados no segundo tempo. A equipa orientada por Fernando Santos sofreu 13 golos, mas em nove das 19 partidas conseguiu manter a baliza inviolável.

Fernando Santos escolheu um “onze” que integrava cinco futebolistas que cumpriram a primeira internacionalização pela sua mão: três na defesa (Cédric Soares, José Fonte e Raphaël Guerreiro) e mais dois no meio-campo (Danilo e João Mário). Há outros três jogadores cuja estreia na selecção nacional aconteceu pela mão de Fernando Santos na convocatória para o Europeu – o guarda-redes Anthony Lopes e os médios Adrien Silva e Renato Sanches.

Num total de 20 estreias promovidas pelo ex-treinador de Benfica, Sporting e FC Porto, são 12 os futebolistas que ficaram de fora da convocatória para o Euro 2016. Desses, metade só cumpriu um jogo. Bernardo Silva (321 minutos distribuídos por seis jogos) e André André (268 minutos em quatro internacionalizações) foram os que tiveram maior continuidade na equipa nacional, mas falharam a presença no torneio organizado pela França. Foram 55 os jogadores convocados desde a chegada de Fernando Santos à selecção, em Setembro de 2014, para suceder a Paulo Bento. Seis estiveram com a equipa mas não chegaram a estrear-se (Marafona, Ventura, Ivo Pinto, Tiago Pinto, Ivan Cavaleiro e Rui Fonte).

Entre aqueles que já tinham história na selecção, Nani é quem tem sido mais utilizado por Fernando Santos: esteve em 17 dos 19 jogos do técnico pela equipa nacional, falhando apenas os particulares com Cabo Verde e Noruega, e marcou três golos. O segundo maior número de presenças pertence a Ricardo Quaresma, embora o extremo do Besiktas tenha sido muitas vezes suplente utilizado. Para além de Nani, só outros dois jogadores ultrapassaram a barreira dos 1000 minutos pela selecção desde que Fernando Santos comanda: Rui Patrício e Eliseu.

Danilo marcou pela primeira vez ao serviço da selecção e ampliou para 11 o número de jogadores na convocatória para o Europeu com golos marcados pela equipa nacional.

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