A despedida que não aconteceu: "Presidente não atendeu o telefone"

Julen Lopetegui lamenta ter deixado o clube de forma abrupta e garante que Pinto da Costa não voltou a ligar-lhe.

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Jack Guez/AFP

Na sequência do processo de desvinculação do FC Porto, que ocorreu a 8 de Janeiro de 2016, Julen Lopetegui diz ter ficado com uma espinha atravessada, não só porque não pôde concluir o trabalho mas também porque não conseguiu despedir-se sequer dos jogadores. Em entrevista à RTP, o treinador basco lamenta que Pinto da Costa, presidente dos "dragões", não lhe tenha atendido o telemóvel.

"Liguei três vezes ao presidente no dia seguinte para lhe pedir que me deixasse despedir dos jogadores e não me atendeu o telefone. A partir daí, ele tem também o meu número e não me ligou”, vincou Lopetegui, insistindo na ideia de que não foi ele próprio a colocar o lugar à disposição, após o empate com o Rio Ave: “Depois de um jogo em que havia naturalmente uma frustração, houve apenas uma reflexão e nada mais”.

Sobre a rescisão do contrato, depois de Jorge Nuno Pinto da Costa ter afirmado que o acordo tinha sido inicialmente impossibilitado pelo facto de os advogados do treinador estarem incontactáveis, Lopetegui é taxativo: "
Uma vez que uma coisa está assinada, já está negociada. Já está negociado e não há mais a dizer”.

Recuperando a ideia de que o seu FC Porto era mais competitivo do que o actual, o técnico espanhol lança alguns números para cima da mesa. 
“Depois de termos saído, o FC Porto voltou a ficar a 12 pontos do Benfica, que era como estava quando chegámos. Quando saímos estávamos empatados e a um jogo do Sporting, em plena luta pela Liga”, recordou, considerando que Pinto da Costa poderia estar mais bem assessorado e que, de toda a estrutura do FC Porto, é o presidente "quem mais percebe de futebol”.

 

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