Sindicato da PJ com nova liderança

Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal foi a votos.

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O novo presidente da ASFIC é especialista em crimes informáticos Sérgio Azenha

Ricardo Valadas, da directoria do Sul da Polícia Judiciária e especialista em cibercrime, é o novo presidente da Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC). Eleito nesta sexta-feira por 108 votos no congresso do sindicato que terminou esta sexta-feira na sede da Judiciária, em Lisboa, o inspector sucede a Carlos Garcia, tendo derrotado o seu único adversário, Manuel Santos, da Unidade Nacional de Combate à Corrupção.

Ricardo Valadas tem 41 anos e ainda experiência quer na área da pornografia de menores quer do terrorismo. A transferência as bases de dados da Europol e da Interpol, actualmente localizadas na PJ, para a tutela da secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, não lhe agrada de todo: "80% da informação que passa por estes canais é de competência reservada da Judiciária".

A lista vencedora apresentou-se como uma "equipa nacional, transversal a todas as regiões do país e a todas as gerações de associados", assumindo-se como a "única capaz de verdadeiramente voltar a unir a ASFIC em torno dos seus desígnios".

"É uma lista que vem unificar e aparece das bases, as quais sugeriram nomes", disse à agência Lusa Ricardo Valadas, em vésperas da eleição, observando que a lista "surgiu da base para o topo", tendo em atenção as "realidades distintas" do país, com a preocupação de evitar que a ASFIC permaneça centralizada em Lisboa.

Ricardo Valadas disse também querer recuperar "o orgulho, o reconhecimento e o valor capital" de quem é polícia e investigador criminal de uma "instituição histórica como a PJ", salientando que uma das maiores preocupações é o facto de a PJ, como corpo superior de polícia, estar "refém" da lei geral de Trabalho da Função Pública. Actualmente existem cerca de 1300 funcionários de investigação criminal na Polícia Judiciária.

No discurso com que encerrou o congresso, o inspector disse que os homens e mulheres que trabalham na Judiciária "vivem para servir", mas também "exigem respeito e dignidade por uma profissão que é de risco".

"Somos a última linha na defesa dos cidadãos", alertou.

 

 

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