Sacerdote afastado da gestão das IPSS do Patriarcado de Lisboa

Segundo o Patriarcado foi o padre Arsénio Isidoro que pediu a demissão na sexta-feira de cinzas.

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O padre suspeito foi nomeado para a gestão das IPSS pelo cardeal D. José Policarpo Rui Gaudêncio

O padre Arsénio Isidoro, constituído arguido na quarta-feira antes da Páscoa, já não está a gerir pelo menos quatro das cinco instituições de solidariedade do Patriarcado de Lisboa que a Polícia Judiciária visitou e terão sido geridas de forma fraudulenta, permitindo ao sacerdote canalizar verbas para pagar bens de luxo para uso pessoal, como um Porsche.

Isso mesmo constatou o PÚBLICO através de contactos para quatro das instituições: a Casa do Gaiato de Lisboa, a associação Florinhas da Rua, o Instituto da Sãozinha e o Centro Comunitário Paroquial da Ramada.

Contactado pelo PÚBLICO, um porta-voz do Patriarcado de Lisboa, Filipe Teixeira, adiantou que o padre Arsénio Isidoro apresentou na Sexta-feira Santa, o dia em que o jornal publicou um texto intitulado Padre suspeito de peculato continua a gerir cinco IPSS, a demissão de duas instituições geridas directamente pelo Patriarcado de Lisboa, concretamente a Casa do Gaiato de Lisboa e o Instituto da Sãozinha. Sobre as outras, diz, nada saber porque as mesmas têm órgãos próprios.

Funcionários do Centro Comunitário Paroquial da Ramada, em Odivelas, e da asssociação Florinhas da Rua, em Lisboa, garantiram, por telefone ao PÚBLICO, que o padre Arsénio Isidoro já não dirige as respectivas instituições, a última das quais está a aguardar a marcação de uma Assembleia Geral que irá decidir o seu futuro. 

O padre, que foi nomeado para a gestão das IPSS do Patriarcado pelo cardeal D. José Policarpo, é suspeito de comprar em seu nome ou no das instituições a que preside vários bens de luxo para uso próprio, como um Porsche de valor superior a 150 mil euros, terrenos, motas e motas de águas, entre outros. 

Notícia corrigida a 11 de Abril às 19h com susbstituição de "sexta-feira de cinzas" por "Sexta-feira Santa".

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