É escolher, senhor Presidente

Segundo o Clube Português de Canicultura (CPC), são oito as raças portuguesas reconhecidas pela Federação Cinológica Internacional (FCI), organização mundial que define os pedigrees das raças nos seus 84 países-membros. Há ainda duas raças portuguesas não reconhecidas pela FCI.

Caso Marcelo Rebelo de Sousa resolva “adoptar” um ou mais cães de raça portuguesa para fazer companhia ao alemão Asa, o PÚBLICO foi ver as principais características de cada uma das raças, segundo informação disponibilizada no site da CPC.

Serra-d'aires

Cão-pastor para condução e vigilância de rebanhos. Excepcionalmente inteligente e muito vivo. De uma dedicação extrema ao pastor e ao rebanho que lhe é confiado; é distante perante os estranhos e vigilante de noite. Hoje em dia é também um excelente cão de companhia, de desporto e de guarda.

Cão-de-fila-de-são-miguel

Cão de condução de gado. É também um bom guarda de propriedade e defesa. De temperamento muito forte para com os estranhos, mas dócil com o seu dono. Muito inteligente e muito receptivo.

Serra-da-estrela

Cão de protecção de rebanhos, de guarda e companhia, utilizado também como animal de tracção. Inseparável companheiro do pastor e guarda fiel do rebanho, defende-o contra os predadores e ladrões de gado. Magnífico guarda de quintas e da casa, desconfiado perante os estranhos e tipicamente dócil com o seu dono.

Castro-laboreiro

Cão de guarda, de vigilância e protecção dos rebanhos. Companheiro leal e dócil para a sua família, é indispensável na protecção dos rebanhos contra o ataque dos lobos que, nas imediações da região de origem, ainda hoje são frequentes. Tem um ladrar de alerta característico, que se inicia com um tom profundo, subindo em seguida em tons graves, para terminar em agudos prolongados.

Rafeiro-do-alentejo

Guarda de propriedades e rebanhos. Cão de grande tamanho, possante, rústico, sóbrio e tranquilo. Julga-se que este cão descende dos molossos do Médio Oriente. De acordo com o seu tamanho e coragem, foi utilizado pelas tribos cuja sobrevivência dependia da criação de rebanhos; tinha assim um papel primordial nessas comunidades.

Podengo-português

Cão de caça, de guarda e de companhia. Tem a sua origem provável nos antigos cães trazidos pelos fenícios e romanos para a Península Ibérica. Muito vivo e inteligente; sóbrio e rústico. Possui três tamanhos, e duas variedades: pêlo liso e cerdoso.

Perdigueiro-português

O perdigueiro-português tem origem na Península Ibérica; descende do antigo braco-peninsular, que é um ancestral comum a outros cães de parar. Extremamente meigo e afectuoso, rústico e capaz de uma grande resistência e de uma grande devoção. Muito inflamado com a caça, colabora sempre estreitamente com o caçador.

Cão-d'água-português

Companheiro na faina da pesca e no cobro e cão de companhia. Animal de inteligência excepcional, compreende e obedece facilmente com prazer a todas as ordens do seu dono. É impetuoso, voluntarioso, corajoso, sóbrio e resistente à fadiga. A sua expressão é severa e o seu olhar penetrante; possui uma excelente visão e olfacto.

Raças portuguesas não reconhecidas pela FCI

Barbado-da-terceira

Cão de condução de gado por excelência, cão de guarda e de companhia. O barbado provavelmente evoluiu de cães trazidos para os Açores com o início do povoamento das ilhas, a partir do século XV, e que eram utilizados na recolha de gado bravo. Cão companheiro e fiel ao dono, inteligente, de ensino fácil, alegre, meigo e voluntarioso.

Cão-de-gado-transmontano

Cão de guarda e protecção de gado ovino e caprino. Não obstante a sua corpulência, é um cão de temperamento dócil, mas reservado. É cauteloso sem ser agressivo, sempre calmo e com olhar sereno. É um excepcional vigia na sua função de guarda de rebanhos contra o ataque dos lobos, sempre atento nas suas funções de protecção.

Fonte: Clube Português de Canicultura

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