Mais um Murray a fazer história

Jamie vai ser o próximo número um do ranking mundial de pares. Andy segue em frente em Miami.

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Jason Cairnduff/Reuters

Judy Murray já tinha razões de sobra para estar orgulhosa dos seus filhos. Andy, em singulares, e Jamie, em pares, já conquistaram vários grandes títulos (três do Grand Slam, no total), com destaque para os triunfos de ambos na última final da Taça Davis, que valeram a primeira “saladeira” à Grã-Bretanha. Mas, agora, a matriarca do clã Murray tem mais uma razão para celebrar: o mais velho, Jamie, vai surgir no primeiro lugar do próximo ranking de pares. “O número um é número um; o número dois é número dois no ATP World Tour. Penso que vou beber um fizz”, brincou Judy no Twitter.

O mais curioso é que Jamie perdeu o encontro de estreia no Miami Open, torneio no qual fez equipa com o brasileiro Bruno Soares, com quem, há dois meses, conquistou o Open da Austrália, o seu primeiro título do Grand Slam. A dupla foi derrotada no “match tie-break” (que substitui o terceiro set nesta variante) pelo sul-africano Raven Klaasen e pelo norte-americano Rajeev Ram – que “vingaram” a derrota na Austrália, igualmente em três sets.

Só que o líder do ranking de pares, Marcelo Melo, também não conseguiu ir além da segunda ronda. Ao lado do croata Ivan Dodig, o brasileiro perdeu neste domingo com o filipino Treat Huey e o bielorrusso Max Mirnyi, por 7-6 (7/1), 6-4, não conseguindo defender os pontos da presença nas meias-finais do ano passado, pelo que está garantida a subida de Jamie ao topo da classificação.

O Murray mais velho será o primeiro tenista britânico a liderar um ranking ATP, desde a introdução do sistema computorizado; 1973 para os singulares, 1976, para os pares. Antes disso, as classificações mundiais eram feitas anualmente, por jornalistas. Os britânicos Fred Perry, nos anos 30, e Angela Mortimer, nos anos 60, lideraram os rankings de singulares e Virginia Wade foi número um de pares, em 1973.

Entretanto, Andy Murray venceu o primeiro encontro em Miami, onde tem uma casa. E o escocês sentiu-se sempre à vontade na vitória, em hora e meia, sobre o uzbeque Denis Istomin, por 6-3, 7-5. Murray cedeu apenas um break, no segundo set, mas recuperou de imediato do 2-3, para voltar a controlar o encontro, que terminou com tantos winners, 24, como erros não forçados.

“Sinto-me confortável aqui. Apenas penso que a escolha de pancadas é que podia ter sido melhor”, admitiu Murray, após o primeiro encontro que realizou desde Indian Wells, onde só passou uma ronda, antes de ser eliminado pelo argentino Federico Delbonis, 53.º do ranking.

Murray vai ter de elevar o nível para a próxima eliminatória, na qual vai defrontar Grigor Dimitrov que, apesar de sete duplas-faltas, ultrapassou o difícil Delbonis, com os parciais de 7-6 (10/8), 4-6 e 6-4.

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