Insolvências e penhoras afectam 549 farmácias em Portugal

Número de farmácias alvo de processos de insolvência ou penhora continua a subir, tendo registado um aumento de 127,8% nos últimos três anos.

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Dificuldades em aviar as receitas estendem-se a várias farmácias ANTÓNIO BORGES

Mais de 500 farmácias do país encontram-se em situação de insolvência ou penhora, totalizando um crescimento de 127,8% entre Dezembro de 2012 e Fevereiro de 2016. A Associação Nacional de Farmácias (ANF) culpa “as dificuldades financeiras do sector” alertando que a situação coloca em causa a cobertura farmacêutica do país.

No comunicado divulgado na passada segunda-feira, a ANF avança que as insolvências mais que triplicaram, aumentando de 61 param 188 o número farmácias nesta situação, um aumento de 208,2%. Também em sentido negativo os números de penhoras duplicaram, passando de 180 para 361, registando um aumento de 100,8%.

Ana Paula Martins, bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, já tinha falado desta situação no mês passado, em entrevista ao PÚBLICO, acrescentando que 25 farmácias fecharam nos últimos cinco anos. Contactada pelo PÚBLICO, a ANF estima, que entre Dezembro de 2012 e Fevereiro de 2016, tenham encerrado cerca de 100 a 150 farmácias.

O número crescente destas situações é “revelador dos problemas de sustentabilidade do sector das Farmácias” alertou a ANF no comunicado acrescentando que se coloca em causa a “capacidade e qualidade de resposta” às necessidades dos utentes. 

Texto editado por Andrea Cunha Freitas

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