Marcelo sem sirenes nem batedores

 Felizmente, o Presidente da República eleito mantém-se fiel a si próprio e ao seu estilo, apesar do alto cargo para o qual foi escolhido pelos portugueses no passado domingo. Desde então, não se escondeu, nem deixou de cumprir as suas obrigações de sempre com o mesmo à vontade a que nos habituou. Ir todos os dias à Faculdade, despachar na Fundação da Casa de Bragança a que preside, beber café e comer o pastel de nata na mesma pastelaria, como faz qualquer cidadão. Mas, em paralelo, Marcelo Rebelo de Sousa vai construindo a sua presidência sem delongas ou dramas, marcando-a com o cunho da informalidade, mas cheio de simbolismo. Desde logo a sua deslocação à Assembleia da República, a casa da democracia, sede do poder legislativo. Depois, o jantar com o primeiro-ministro, na residencial oficial de S. Bento, a morada do poder executivo. Marcelo assinala, assim, as instituições cuja cooperação é essencial para o equilíbrio frutuoso do sistema, nas suas vertentes política, económica e social. Sem precisar de sirenes, nem de batedores.

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