Imperou a lei do mais forte na Taça de Portugal, apesar de algumas dificuldades

As equipas teoricamente mais fortes seguiram para os quartos-de-final da prova.

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Lito Vidigal segue em frente na Taça de Portugal com o Arouca Francisco Leong/AFP

Nos jogos desta quarta-feira da Taça de Portugal, e sem contabilizar os resultados registados no Feirense-FC Porto e Sporting de Braga-Sporting, imperou a lei do mais forte e as equipas teoricamente mais frágeis acabaram por ser eliminadas nos oitavos-de-final da prova.

Apesar de ter vingado a lógica, não foi fácil o apuramento de Arouca, Nacional, Estoril e Gil Vicente, já que ou foi necessário recorrer ao desempate por grandes penalidades, ou o triunfo foi alcançado pela margem mínima.

Em Vila da Aves, o Nacional só se apurou nos penáltis depois de um jogo marcado pela controvérsia, pois o Desportivo das Aves ameaçou abandonar a partida ao intervalo.

A ameaça deveu-se ao facto de ter sido anulado um golo a Filipe depois de ter sido validado ainda na primeira parte.

Tudo aconteceu entre os minutos 40 e 41, quando a equipa de arbitragem teve duas decisões que geraram polémica. No primeiro lance, ao não considerar grande penalidade um corte com a mão de Romaric, na área avense, após remate de Sequeira e, na sequência, ao anular o tal golo a Filipe.

Indignado por ver o árbitro auxiliar Bruno Rodrigues recuar na decisão de validar o golo marcado por Filipe, alegadamente, em fora de jogo, 15 segundos depois de ter avançado para o meio-campo, Luiz Andrade, administrador da SAD do Aves, ordenou que a equipa não voltasse do descanso, mas tal não prevaleceu.

O Nacional aproveitou para se colocar a vencer à passagem da hora, com Salvador Agra, solto na área, a dar sequência a uma assistência de calcanhar de Willyan para rematar cruzado para o fundo das redes.

O jogo animou e, na sequência de um canto de Nélson Pedroso, Ericsson (74' e 82'), de cabeça e depois num remate à entrada da área, perdeu o empate, atirando ao lado. Pelo meio, Willyan (78'), de livre directo, fez a bola embater no poste.

O empate surgiu em cima do minuto 90, numa grande penalidade a castigar derrube de Rui Correia a Guedes, com Nélson Pedroso a enganar Rui Silva e a atirar o jogo para o prolongamento.

Em cima do final da primeira parte do prolongamento, Luís Aurélio entrou na área pela direita para assistir Soares que desviou para o fundo das redes, respondendo o Aves aos 114 minutos numa cabeçada de Guedes, após canto de Pedroso, a empatar novamente a partida e, pela segunda vez esta época para o Aves, a ditar a decisão da eliminatória nas grandes penalidades, onde os insulares venceram por 4-2.

Outro jogo que teve de ser decidido nos penáltis foi o Gil Vicente-Portimonense. Num duelo entre equipas da II Liga, os 90' terminaram com um empate a um golo e tudo teve que ser decidido na marca de onze metros, onde os gilistas foram mais certeiros.

Já o apuramento de Estoril e Arouca foi conquistado nos 90 minutos regulamentares, mas com triunfos pela margem mínima.

Resultados dos oitavos-de-final da Taça de Portugal

V. Setúbal-Rio Ave, 1-1 (1-3 g.p.)

Desp. Aves-Nacional, 1-1 (2-4 g.p.)

Amarante-Arouca, 1-2

Estoril-Penafiel, 1-0

Gil Vicente-Portimonense, 1-1 (4-3 g.p.)

Feirense-FC Porto, 0-1

Sp. Braga-Sporting, 3-3 (4-3 a.p.)

Boavista-Académica, quinta-feira, 18h30

 

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