Um homem de 39 anos foi encontrado sem vida, na madrugada deste sábado, numa das praças do centro histórico de Guimarães. O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária (PJ), uma vez que os indícios recolhidos no local apontam para um homicídio com contornos violentos. A vítima, que era morador no mesmo largo onde morreu, saiu de casa de madrugada e terá encarado um grupo de pessoas que estavam a causar ruído na via pública. As autoridades não têm, no entanto, certezas de que tenha sido este o motivo da agressão fatal.

O homem foi encontrado no largo da Misericórdia, onde está sediado o Tribunal da Relação de Guimarães, por volta das 3h30. Ao local foram chamados uma viatura do INEM baseada no Hospital de Guimarães e agentes da PSP, que encontraram a vítima já sem vida, limitando-se a confirmar o óbito. O corpo foi transportado para a unidade hospitalar vimaranense, por volta das 6h30, pelos Bombeiros Voluntários de Guimarães.

O caso foi posteriormente encaminhado para a PJ, que, ao PÚBLICO, confirma apenas que está a investigar os contornos do sucedido. As autoridades acreditam tratar-se de um crime. A vítima foi encontrada caída numa poça de sangue e com sinais evidentes de violência, sobretudo ao nível do crânio.

O homem de 39 anos saiu de sua casa cerca da 3h00. No rés-do-chão do prédio onde morava existe um café, à frente do qual se mantinha um grupo de pessoas, já depois do horário de fecho dos bares que funcionam no centro histórico vimaranense. Ter-se-á então envolvido numa discussão com alguns elementos desse grupo por causa do barulho que estava a ser provocado e, na sequência disso, sido agredido.

No entanto, fonte policial diz não existirem ainda indícios que apontem no sentido de a morte ter sido provocado por essa discussão nem que o crime tenha sido cometido por um gripo grupo. De resto, as autoridades não têm ainda suspeitos identificados e estão a tentar seguir outras possíveis motivações para o sucedido.

A vítima mortal é Rui Miguel Castro, de 39 anos. Além de morador no centro histórico de Guimarães, trabalhou em vários bares e restaurantes da zona turística da cidade. Era também um dos mais conhecidos “velhos” da organização das Nicolinas, as históricas festas dos estudantes do ensino secundário de Guimarães que ocorrem todos os anos entre o final de Novembro e o início de Dezembro.