“Na área laboral não há diferenças substanciais entre a coligação e o PS”, acusa CGTP

Propostas apresentadas apontam para qa continuidade da precaridade, refere a central.

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Arménio Carlos juntou-se a um protesto que exigia a reposição dos subsídios Rui Gaudêncio

“Em relação à área laboral não há diferenças substanciais entre a coligação e o PS”, comentou, ao PÚBLICO, Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, o debate desta quinta-feira entre Pedro Passos Coelho e António Costa.

“Há algumas nuances”, concedeu, “mas em relação aos salários ninguém se compromete com aumentos”, prosseguiu o dirigente sindical. “Nas pensões sociais, apenas se comprometem com o aumento das mínimas, embora no caso do PSD [coligação Portugal à Frente] nem em todas”, destacou.

Arménio Carlos sublinha que os dois principais candidatos a primeiro-ministro foram pouco esclarecedores sobre a situação laboral. “Em relação às normas laborais não houve uma palavra sobre a revogação das mais gravosas do Código do Trabalho, nomeadamente a caducidade das convenções que bloqueiam a negociação colectiva”, insistiu.

Deste modo, o balanço do secretário-geral da CGTP sobre o segundo debate Passos versus Costa não é positivo. “Neste debate, sobre propostas, é preocupante que estas apontem para a continuidade da precaridade, em novos cortes nos salários e nas pensões, e na continuação das privatizações, políticas que põem em causa o desenvolvimento do país”, concluiu.

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