Debate ou debalde?

Nada ficámos a saber sobre a vexata quaestio: que fazer com uma maioria relativa, no dia 5 de Outubro? No resto, tudo previsível. Mesmo as não respostas. Mudança de voto por causa deste debate, não creio. Trazer potenciais abstencionistas para o voto, nem por isso. Um debate “plafonado”, para uns visto na vertical, para outros na horizontal.

Entre a incerteza da certeza (mercado acima de tudo e todos?) e a certeza da incerteza (milagre da rosa?) haverá quem prefira a primeira ou quem sonhe com a segunda.

Redução da dívida, nicles (apenas a discussão de quem a aumentou mais, e foi o PS). Educação, produtividade, inovação, como bases do desenvolvimento, fora do debate. Justiça e reforma do Estado, nada. Pobreza e desigualdades, nem de perto,nem de longe. Pensões, tão-só o concurso de quem errava mais. Sócrates, a presença da ausência.

Nestas coisas não há objectividades, a não ser o voto em 4 de Outubro. À partida, ganha quem queremos que ganhe. No Museu da Electricidade, houve muita electricidade estática. Avaliada em amperes (medida de corrente), Passos Coelho mais estável. Em volts (medida de tensão), António Costa mais aguerrido. Em watts (medida de potência), um empate sem choque. Talvez P. Coelho tenha ganho em photo-finish, porque é mais difícil estar neste debate como PM de um governo de austeridade (logo, sindicado), do que como chefe da oposição.

 

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