Câmara recupera arte pública do Parque das Nações e cria roteiro

Recomendação aprovada pela Assembleia Municipal de Lisboa, por unanimidade, pede à câmara que “só sejam removidas árvores quando tal seja absolutamente indispensável e após transparente divulgação de informação atempada aos munícipes".

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Câmara de Loures quer grupo de trabalho para estudar soluções de requalificação do Parque das Nações Enric Vives-Rubio

A Câmara de Lisboa vai recuperar algumas obras de arte pública existentes no Parque das Nações, incluindo as de José Pedro Croft e de Rui Chafes, e criar um roteiro que propicie a visita a esse património, que nasceu com a Expo 98 e se encontra hoje degradado.

Segundo a vereadora da Cultura, a limpeza daquelas duas obras iniciar-se-á ainda este mês, seguindo-se uma intervenção noutras obras não especificadas. Catarina Vaz Pinto acrescentou que vai ser celebrado um acordo com a Junta de Freguesia do Parque das Nações, que assumirá a sua manutenção futura. Está igualmente prevista a criação de “um roteiro”, que a autarca acredita que contribuirá para a valorização do “enorme valor” e do “grande potencial turístico” desse património.

Na sessão da Assembleia Municipal de Lisboa desta terça-feira foi aprovada por unanimidade uma recomendação à câmara para que, em cooperação com a junta, inicie “uma operação de salvaguarda, conservação, restauro e valorização das obras de arte pública” existentes no Parque das Nações. Assinada pela deputada Simonetta Luz Afonso, a recomendação pede ainda que se “dê um futuro ao Pavilhão de Portugal e uma vida renovada ao antigo Gasómetro”.  

A eleita do PS sublinhou que o Parque das Nações, que “foi um importantíssimo investimento da cidade”, “tem que voltar a ser aquilo que foi”. “Não se admite que esteja no estado em que está”, disse Simonetta Luz Afonso referindo-se à arte pública existente neste território, relativamente à qual considera ter existido “alguma incúria”.

Quanto ao gasómetro, a deputada lembrou que este constitui “a memória do lugar”, e questionou porque não está ele aberto ao público. Também o presidente da Junta de Freguesia do Parque das Nações, José Moreno, lamentou a degradação desse equipamento e defendeu que “é preciso fazer rapidamente alguma coisa”.

Também aprovada por unanimidade foi uma recomendação do PEV, na qual se pede à câmara que “promova que só sejam removidas árvores quando tal seja absolutamente indispensável e após transparente divulgação de informação atempada aos munícipes”. Nela pede-se também ao município que crie “um manual sobre os procedimentos de manutenção, poda, abate e substituição de árvores de grande porte na cidade”.

Já uma recomendação do BE referente à poda das árvores que a Junta de Freguesia do Areeiro está a realizar na Avenida Guerra Junqueiro foi rejeitada. Nela propunha-se que a câmara acompanhasse e apoiasse tecnicamente “a execução de intervenções desta complexidade”, algo que André Caldas (PS) e Miguel Graça (Cidadãos por Lisboa) consideraram ser uma ingerência indevida nas competências das juntas de freguesia da cidade.

 

 

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