A Arménia e Adrian Piper recebem os prémios principais na Bienal de Veneza

Os prémios, atribuídos no sábado, dia da inauguração da bienal de arte contemporânea, distinguiram ainda a carreira do ganês El Anatsui. O sul-coreano Im Heung-Soon recebeu o Leão de Prata para melhor jovem artista.

Adelina Cuberyan, curadora do participação arménia, recebe o Leão de Ouro
Fotogaleria
Adelina Cuberyan, curadora do participação arménia, recebe o Leão de Ouro AP Photo / L. Constantini
Adrian Piper foi premiada pela instalação à instalação <i>The Probable Trust Registry: The Rules of The Game # 1-3</i>
Fotogaleria
Adrian Piper foi premiada pela instalação à instalação The Probable Trust Registry: The Rules of The Game # 1-3 DR
O escultor ganês El Anatsui viu a sua carreira distinguida com um Leão de Ouro
Fotogaleria
O escultor ganês El Anatsui viu a sua carreira distinguida com um Leão de Ouro AFP PHOTO / GUILLAUME SOUVANT

Num momento em que os arménios recordam o século passado desde as execuções em massa da sua população às mãos do Império Otomano ("genocídio", dirá grande parte do mundo, com excepção da Turquia), a Bienal de Veneza atribuiu ao Pavilhão da Arménia, inspirado na diáspora do seu povo, o Leão de Ouro relativo às participações nacionais. “Num ano que testemunha um marco significativo para o povo arménio, este pavilhão reflecte a resistência dos intercâmbios e confluências transculturais”, escreveu o júri sobre a participação arménia exposta na ilha de São Lázaro dos Arménios.

Os prémios da bienal de arte contemporânea, atribuídos no dia da sua abertura, este sábado, distinguiram também a artista conceptual americana Adrian Piper. “As suas apresentações convidam a comprometermo-nos com uma performance de responsabilidade pessoal para toda a vida”, declarou o júri em referência à instalação The Probable Trust Registry: The Rules of The Game # 1-3, criada pela artista radicada em Berlim.

O júri composto pela americana Naomi Beckwith, pela austríaca Sabine Breitwieser, pelo italiano Mario Codognato, pelo indiano Ranjit Hoskote e pelo sul-coreano Yongwoo Lee, que, cita a AFP, se congratulou pela “particular sensibilidade” às “urgências geopolíticas da actualidade” manifestada pelos 136 artistas presentes, premiou ainda o sul-coreano Im Heung-Soon, que tem patente na Bienal Factory Complex, documentário vídeo que se debruça sobre as lutas diárias das operárias na Ásia, com o Leão de Prata para Melhor Jovem Artista.

No extremo etário oposto, o escultor ganês El Anatsui, nascido em 1944, recebeu um Leão de Ouro pelo conjunto da sua carreira. Outra veterana, a americana Joan Jonas, 79 anos, “artista cuja obra e influência na arte são enormes”, defende o júri, recebeu uma menção honrosa pela instalação vídeo They Come To Us Without a Word.

Distinguidos com menções honrosas na Bienal que se prolonga até 22 de Novembro foram o alemão Harun Farocki, o colectivo sírio Abounaddara e o argelino Massinissa Selmani.

Sugerir correcção
Comentar