Em Portugal é cada um por si

Actual presidente da Liga já anunciou a intenção de avançar para a negociação colectiva.

Foto
Joaquim Oliveira e Luís Duque, dois homens com interesse em discutir os direitos televisivos Ricardo Castelo/NFactos

O modelo seguido na Liga portuguesa é o de Espanha, com a negociação individual dos direitos televisivos. A venda colectiva tem encontrado resistência, e cada clube continua a proceder à venda dos respectivos direitos. Mas Luís Duque, sucessor de Mário Figueiredo na presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, afirmou logo no discurso de tomada de posse, em Outubro de 2014, que é “a favor da negociação centralizada”.

“Está provado que o modelo funciona. Mas ninguém avançará para esse modelo com uma mão cheia de nada. Sejamos realistas: a centralização, pelo momento que vivemos e pelo muito que temos de trabalhar, não será o oásis. Importa estudá-la com os clubes e o mercado. Os parceiros para esta mudança estão nas televisões de Portugal e do mundo”, apontou na altura o dirigente.

Neste momento, o Benfica detém os seus próprios direitos televisivos, fazendo a transmissão dos jogos na Luz através do canal do clube. Um modelo que em 2013-14 teve saldo líquido de 17,1 milhões de euros, aquém dos 111 milhões (22,2 milhões

ano) que foram oferecidos pela Olivedesportos para o período 2013-2018. O Sporting cedeu em 2010 os direitos de transmissão televisiva no período entre 2013-14 e 2017-18 à PPTV (Grupo Controlinveste) por 108 milhões de euros. Em 2011 o FC Porto prolongou o contrato com a Olivedesportos até 2017-18, por 82,8 milhões, a uma média superior a 20 milhões de euros por temporada. O fosso para os restantes clubes, cujo poder negocial é reduzido, é considerável.

Sugerir correcção
Comentar