Equilíbrio em Inglaterra, desequilíbrio em Espanha

Real Madrid e Barça são “campeões” na Europa

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Real Madrid e Barcelona recebem milhões porque o mundo quer ver Cristiano Ronaldo e Lionel Messi Quique Garcia/AFP

A forma como é feita em Inglaterra a distribuição das receitas obtidas com a negociação dos direitos televisivos é a mais equilibrada do futebol europeu. E há muito dinheiro para distribuir: os valores anuais do novo contrato são semelhantes aos do acordo em vigor na Liga norte-americana de basquetebol (NBA) e só ficam aquém dos da NFL (futebol americano).

Na última época, revelou a Premier League, a diferença entre o clube que mais recebeu e aquele que menos encaixou foi cerca de um terço. Os dados do diário desportivo espanhol As ajudam a ilustrar esta realidade: o Liverpool foi “campeão” ao arrecadar 117 milhões de euros; já o Cardiff, último classificado, embolsou 74,5 milhões – mais do dobro do valor que o Bayern Munique, campeão da Alemanha, recebeu (36,9 milhões).

Em termos europeus, a negociação centralizada dos direitos televisivos é a regra. O contrato em vigor na Liga italiana vale 945 milhões por temporada até 2018: na época passada a Juventus encaixou 94 milhões e o clube menos beneficiado cerca de um quinto desse valor. Em França o acordo para 2016-2020 atingiu o valor recorde de 748,5 milhões de euros. E na Alemanha o contrato colectivo abrange os 36 clubes do primeiro e segundo escalões, com um valor estimado de 485,7 milhões. Só na Liga espanhola a negociação é individual, com os desequilíbrios que isso implica: Real Madrid e Barcelona estão noutra galáxia, com receitas de 140 milhões, enquanto o terceiro clube que mais recebeu foi o Valência (cerca de um terço, 48 milhões).

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