Cidade homenageia cartoonista que queria comprar uma ruína no Porto

Câmara do Porto votou, por unanimidade, um voto de pesar pela morte de Georges Wolinski

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Nelson Garrido

Entre o público da reunião pública estava o director do Museu Nacional de Imprensa, e amigo de Wolinski, Luís Humberto, que aproveitou a ocasião para pedir à câmara que fizesse “algo mais, assumindo o epíteto de Porto, Capital do Cartoon”, que a vítima do atentado de Paris ajudara a cimentar. Luís Humberto descreveu Wolinski como “um jornalista genial” e ofereceu ao presidente da câmara, Rui Moreira, o último catálogo do cartoonista e em que este, no prefácio, refere que gostaria de comprar a tal ruína no Porto.

Depois da reunião de câmara, o Museu Nacional de Imprensa divulgou, em comunicado, que irá inaugurar, no próximo sábado, às 16h, uma exposição “que pretende homenagear os jornalistas mortos no massacre de Paris e a afirmação da liberdade de imprensa”. A exposição será também uma forme de “evocar a figura de Georges Wolinski” e será acompanhada de uma campanha escolar denominada “Humor Sim, Ódio Não”, que pretende levar a todos os níveis de ensino um debate sobre a liberdade e a tolerância.

O Museu está também a preparar uma galeria virtual que irá mostrar como responderam os cartoonistas de todo o mundo ao apelo do MNI para ilustrarem a ideia “Je Suis Charlie”.

Além do voto de pesar pela morte de Georges Wolinski, a Câmara do Porto aprovou um outro, pela morte do arquitecto Duarte Castelo Branco.

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