Líder reeleito do CDS apresentará moção de censura se Jardim não se demitir a 12 de janeiro

José Manuel Rodrigues era o único candidato à liderança da comissão política regional.

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José Manuel Rodrigues foi reeleito líder regional do CDS/PP Imagem: DR

O presidente reeleito da Comissão Política Regional do CDS, José Manuel Rodrigues, anunciou este domingo que, caso Alberto João Jardim não apresente a demissão a 12 de Janeiro, será confrontado com uma moção de censura no dia seguinte.

"Peço que transmitam aos seis candidatos à liderança do PSD - disse ao dirigir-se à representação social-democrata presente na sessão de encerramento do XIV Congresso Regional - a estranheza do CDS por, só agora, terem chegado à conclusão que a Madeira tem sido mal governada pelo PSD", referiu.

No encerramento do XIV Congresso Regional do CDS/PP, José Manuel Rodrigues pediu também para transmitirem "ao vosso ainda líder que, ou apresenta a demissão a 12 de Janeiro do próximo ano, ou, então, no dia 13, será confrontado no parlamento com uma moção de censura do CDS/PP".

O líder reeleito realçou ainda que o partido não se resigna "perante a decadência e ruína da Madeira" e que lutará "por levantar a Região do chão".

O presidente do Grupo Parlamentar do CDS na Assembleia da República, Nuno Magalhães, lembrou, por seu lado, que o orçamento do Estado para 2015 "é mais amigo dos contribuintes, das famílias e da Madeira", salientando o exemplo da reforma do IRS.

"O que se passou na reforma do IRS é revelador do sentido de responsabilidade que os portugueses e madeirenses terão que ter", alertou.

Nuno Magalhães chamou a atenção que "através deste Governo, desta maioria, foi possível aprovar uma proposta antiga do CDS em que as famílias que têm filhos ou avós a cargo são beneficiadas do ponto de vista fiscal".

"Incompreensivelmente, ultrapassando o BE e o PCP à esquerda, o PS votou contra uma medida que permite a uma família, em que marido e mulher ganham mil euros, 14 mil euros por ano, têm um filho, podem beneficiar de uma redução fiscal, já a partir do próximo ano, de 400 euros; têm 2 filhos de 500 euros, têm 3 filhos de 800 euros", criticou.

"É preciso que os portugueses e os madeirenses saibam que, se o PS tiver responsabilidades no futuro, irá revogar uma medida por considerar ricos quem ganha 14 mil euros por ano brutos, tem dois filhos e um avô a cargo. Isto é absolutamente incompreensível, dá sinal de desorientação, de puro taticismo político que o PS nacional virou definitivamente no último congresso", referiu.

José Manuel Rodrigues foi reeleito, por mais três anos, presidente da Comissão Política Regional no XIV Congresso Regional do partido que terminou este domingo no Funchal.

O congresso decorreu sob o signo "Compromisso pela Madeira" e teve como único candidato à liderança do partido o atual presidente que levou à assembleia magna dos centristas madeirenses a moção de estratégia global "Um novo tempo, uma nova esperança", votada por unanimidade e aclamação.

A nova Comissão Política Regional do CDS-M foi eleita por 139 dos 159 congressistas, tendo recebido ainda quatro votos nulos e 16 brancos. A lista A obteve 87,42 por cento de votos favoráveis, 10,06 por cento de brancos e 2,52 por cento de nulos.

Para este órgão, os congressistas elegeram para vice-presidentes do partido Lopes da Fonseca, Rui Barreto, Isabel Torres, Teófilo Cunha e Mário Pereira.

Para secretário-geral reelegeram Lino Abreu e para presidente da Comissão Regional de fiscalização e Disciplina, José Alberto Freitas, para presidente do Conselho Regional, Luís Miguel Rosa, e para a presidente da Mesa do Congresso, Luciano Homem de Gouveia.

O ex-jornalista José Manuel Rodrigues, de 54 anos de idade, é presidente do CDS-M desde 1997.

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