Acidentes de trabalho causaram 91 mortes este ano

Segundo estatísticas da Autoridade para as Condições do Trabalho, o sector da construção é o mais penalizado.

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O sector da construção foi o mais penalizado, envolvendo sobretudo quedas Karim Sahib/AFP

Os acidentes de trabalho provocaram este ano 91 mortos e 232 feridos, segundo os últimos dados divulgados pela Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

De acordo com informação publicada na página da ACT na internet, no ano passado registaram-se 141 acidentes de trabalho mortais, menos oito do que no ano anterior e, este ano, até à semana passada, 91 casos.

Os números são lembrados pela Associação Portuguesa de Segurança (APSEI), que alertou nesta segunda-feira para a necessidade do cumprimento das regras de segurança, por empresas e trabalhadores, para assim “maximizar a eficiência e produtividade, reduzir custos para as organizações e diminuir o número de acidentes em ambiente laboral”.

Segundo a secretária-geral da APSEI, Maria João Conde, começou recentemente a trabalhar um Núcleo Autónomo de Segurança no Trabalho, na associação, constituído por empresas e técnicos, que irá “contribuir para a aplicação da legislação no contexto da prevenção laboral”.

As preocupações da APSEI, através do comunicado divulgado nesta segunda-feira, surgem depois de, na semana passada, se ter assinalado a Semana Europeia da Segurança e Saúde, sob o lema “Locais de trabalho saudáveis contribuem para a gestão do stress”.

De acordo com as estatísticas mais recentes da ACT, dos 91 mortos em acidentes de trabalho a grande maioria (87) eram de nacionalidade portuguesa e o sector da construção foi o mais penalizado, envolvendo especialmente quedas. Dos 91 mortos, 86 eram homens.

Em relação aos acidentes de trabalho graves, a esmagadora maioria também envolvendo cidadãos de sexo masculino e portugueses, é o sector da construção igualmente o mais penalizado, com 73 acidentes, seguindo-se a indústria transformadora, com 71 acidentes. A principal consequência registada pela ACT é a fractura e as mãos, a zona do corpo mais atingida.

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