Vinte apartamentos no Marco de Canaveses têm água transportada diariamente por camião
Empreiteiro diz que transporta 60 mil litros de água por dia para as habitações
Júlio Monteiro disse estar cansado da situação, avançando que aquele serviço lhe custa cerca de três mil euros por mês e ocupa cerca de três horas por dia. O empreiteiro acrescentou que a câmara tem adiado sucessivamente a resolução do problema, frisando que, em 2005, quando decidiu avançar com a obra, lhe foi prometido que a zona teria rede de água quando fosse concluído o primeiro bloco, em 2009.
Adão Oliveira, advogado com escritório num dos edifícios, confirmou esta sexta-feira à Lusa que tem sido o empreiteiro a assegurar o abastecimento de água.
O jurista lamentou que tenham sido colocadas, recentemente, infraestruturas naquela zona, mas que não estejam a ser usadas, por faltar um depósito e uma bomba que assegurem o fornecimento da freguesia.
Confrontado com a situação, o vereador José Mota afirmou conhecer o caso, recordando que a inexistência de rede de água é um problema antigo em várias zonas do concelho. O autarca recordou que o diferendo que opõe a câmara à empresa concessionária, nos tribunais, tem atrasado o plano de expansão da rede.
Apesar disso, prometeu que, ainda este ano, a situação naqueles dois blocos de apartamentos será resolvida com a colocação de uma nova conduta que será capaz de transportar a água a partir de uma estação de tratamento junto ao rio Tâmega, situada a uma cota mais baixa.
À Lusa, o vereador acrescentou que também está a ser elaborado um projecto que vai permitir reforçar a capacidade elevatória daquela estação, para permitir fazer chegar a água a mais habitações daquela zona de Constance.
José Mota previu que aquele melhoramento seja concretizado nos primeiros meses de 2015.