Secretário de Estado da Cultura não discursou em Coimbra devido a apupos

Sessão comemorativa do primeiro aniversário da passagem da Universidade - Alta e Sofia a Património Mundial da UNESCO

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Jorge Barreto Xavier fotografado no Parlamento, em Julho Miguel Manso

O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, acabou neste domingo por não discursar na Universidade de Coimbra, como previsto, devido aos apupos de um pequeno grupo de manifestantes, que protestavam contra a nova lei do arrendamento.

O governante preparava-se para usar da palavra na sessão comemorativa do primeiro aniversário da passagem da Universidade - Alta e Sofia a Património Mundial da UNESCO, quando foi apupado por cerca de duas dezenas de jovens estudantes universitários.

"Vocês vão deixar-me falar ou não", questionou ainda Barreto Xavier, que após ouvir resposta negativa voltou a sentar-se na primeira fila da cerimónia evocativa, que decorreu esta tarde no Pátio das Escolas da Universidade de Coimbra.

Momentos antes, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, já tinha sido obrigado a suspender, mais do que uma vez, por breves instantes, a sua intervenção, devido aos comentários dos jovens em protesto.

O reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, encerrou as intervenções sem que se registasse mais nenhum incidente. O mesmo aconteceu durante o discurso do antigo reitor Seabra Santos, que foi o primeiro interveniente a falar.

Os manifestantes empunhavam um tarja em que se lia "Construir património destruindo direito à habitação!" e dois cartazes com as inscrições "Património da Humanidade ou património do capital" e "Nova lei do arrendamento. As Repúblicas já eram?".

 

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