Mãe de Daniel fica detida, PJ suspeita que quisesse vender o filho

Horas depois de ter sido interrogada, a mãe do menino, que em Janeiro esteve desaparecido durante três dias na Calheta, voltou a ser ouvida. E ficou detida

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Rua por onde a criança terá alegadamente desaparecido Miguel Manso

A mãe de Daniel, o menino de 18 meses que em Janeiro esteve desaparecido durante três dias na Calheta, Madeira, voltou neste sábado a ser interrogada pela Polícia Judiciária (PJ). E ficou detida.

Ao que o PÚBLICO apurou, depois de seis meses de investigação, a PJ entende que Lídia Freitas, mãe de Daniel, é a principal suspeita no desaparecimento da criança. A polícia admite que pretendesse vendê-lo.

Já na sexta-feira os pais do menino tinham sido ouvidos no âmbito de um inquérito que estaria relacionado com um episódio de violência doméstica. Uma fonte da PJ adiantou, contudo, que era possível que os inspectores viessem a inquirir o casal sobre questões relacionadas com a criança.

As suspeitas da que a mãe de Daniel terá tido algum envolvimento no desaparecimento do filho em Janeiro terão aumentado e neste sábado a PJ voltou a querer interrogá-la.

A polícia admite que o desaparecimento possa ter sido uma “encenação”. Tanto Daniel como a irmão estão, actualmente, aos cuidados da protecção de menores. E o casal está separado.

Na madrugada de sábado, a Lusa noticiava que não tinha sido apenas o casal a ser interrogado, mas também uma terceira pessoa. Esse interrogatório durou sete horas, mas ninguém ficou detido.

Daniel foi dado como desaparecido a 19 de Janeiro, quando se encontrava num encontro familiar na casa do tio, localizada no sítio dos Reis Acima, na zona alta do concelho da Calheta. Esteve desaparecido durante três dias. E foi encontrado por levadeiros na sua rotineira tarefa de distribuição de água de rega, num matagal junto à levada, a cerca de três quilómetros da casa de onde desapareceu.

No Hospital Central do Funchal, onde esteve internado para exames de diagnóstico, o pediatra considerou “muito difícil e intrigante” que a criança tivesse conseguido sobreviver sozinha durante tanto tempo exposta ao frio.

Também na altura, o Instituto de Habitação da Madeira anunciou que apoiaria a recuperação do degradado imóvel onde vivia a família de Daniel. Mas esse apoio acabou por não se concretizar.

Notícia actualizada às 22h07

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